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Contra Guiné

CBF fica feliz com amistoso mesmo com 2º pior público do século

Eder Traskini, Igor Siqueira e Thiago Arantes - Folhapress
19 jun 2023 às 12:06

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- Joilson Marconne/CBF
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O amistoso entre Brasil e Guiné, em Barcelona, teve 10.929 presentes, mesmo com distribuição gratuita de diversos ingressos. A informação foi confirmada pelo UOL com fontes do Espanyol, proprietário do estádio em que a partida aconteceu e que nem teve os setores superiores abertos. Mas a CBF, no geral, ficou satisfeita com a realização e a repercussão do amistoso na Espanha.


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Esse foi o segundo pior público em jogos da seleção brasileira no século, desconsiderando aqueles afetados por limitações da pandemia. Até então, o pior público do Brasil nesse período foi no Brasil x Camarões da Copa das Confederações 2001, com 10.519 presentes. Em amistosos, o mais vazio do Brasil desde 2001 fora contra o Panamá, em Curitiba, também em 2001, que teve 15.549 torcedores.

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CENÁRIO PARA A BAIXA DE PÚBLICO

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A partida da seleção em Barcelona tinha como principais atrativos jogadores do Real Madrid ou ligados ao clube da capital espanhola, como Vini Jr, Rodrygo e Casemiro.


O gancho da partida se tornou a luta contra o racismo, um assunto desafiador na sociedade espanhola. Tanto que houve um caso antes do jogo, relatado por um dos membros do estafe do próprio Vini.

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Os catalães não dão muita atenção ao futebol de seleções, tanto que há uma relação complicada com a própria seleção espanhola. Efeitos do pensamento separatista e da rivalidade com Madri.


Ao longo da semana, houve pouca divulgação da partida na cidade. Parcela significativa do público no estádio era de brasileiros que moram na Espanha.

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A seleção brasileira conseguiu levar menos gente do que o clube com a média mais baixa em La Liga na temporada passada - 11.471 torcedores por partida, do Girona. O Espanyol, dono do estádio, é alvo de provocações da torcida do Barcelona por quase nunca jogar com casa cheia. Mesmo assim, levou uma média de público de 21.601 torcedores. O clube foi rebaixado para a segunda divisão.


POR QUE A CBF FICOU SATISFEITA

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A entidade entende que o jogo deu retorno de mídia e exposição no exterior, pelo contexto: uso da camisa preta e ações contra o racismo, tendo Vini Jr. o carro-chefe para essa divulgação.


Ednaldo Rodrigues recebeu sinalização positiva pela iniciativa, vinda de dirigentes estrangeiros. O principal deles foi o presidente da Fifa, Gianni Infantino, que foi à concentração da seleção antes do jogo.

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Os jogadores elogiaram a iniciativa da CBF, citaram por vezes o papel de Ednaldo. Houve consulta anterior a Vini Jr para manter a partida na Espanha, local em que tem sido alvo de ofensas racistas.


Na parte técnica, a CBF ficou satisfeita com o retorno do jogo. A atuação rendeu um placar de 4 a 1, dando certa tranquilidade ao interino Ramon Menezes para o confronto mais difícil, diante de Senegal, amanhã (20).

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Sobre o público, a CBF entende que a imprensa espanhola estava desinteressada na partida, o que colaborou para uma mobilização baixa.


A CBF espera que o jogo em Lisboa, no estádio José Alvalade, tenha casa cheia.


AMISTOSO NA CONTA DA CBF


A negociação do amistoso na Espanha é de total responsabilidade da CBF, porque a entidade não tem mais contrato com uma empresa que explora comercialmente os jogos do Brasil.


Até o ano passado, a entidade tinha contrato com a Pitch, que levava o Brasil para mercados como o Oriente Médio e Ásia. A companhia inglesa tinha interesse no público porque tinha retorno financeiro.


No cenário atual, a CBF diz que ganha mais dinheiro do que nos tempos da Pitch, já que negocia diretamente as propriedades comerciais e direitos das partidas.


O que a CBF fechou de contrato foi com uma empresa para realizar a parte operacional do jogo.


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