A Uefa abriu um inquérito disciplinar contra Gennaro Gattuso, depois que o capitão do Milan deu uma cabeçada em um assistente-técnico do Tottenham após o encerramento de uma partida da Liga dos Campeões da Europa. O comitê disciplinar da Uefa vai ouvir Gattuso e Milan, que é responsável pelo comportamento dos seus jogadores, na próxima segunda-feira sobre o incidente.
Gattuso se desculpou por agredir o assistente Joe Jordan, do Tottenham, após o encerramento da partida, válida pelas oitavas de final, vencida pelo clube inglês por 1 a 0, e disputada no Estádio San Siro, em Milão, na terça-feira. "Eu assumo total responsabilidade. Eu estava ferido depois de trocar algumas palavras com Jordan", disse Gattuso, que defendeu o Rangers, na Escócia. "Nós dois estávamos falando como o inglês escocês, que eu aprendi quando eu jogava na cidade de Glasgow, mas eu não posso te dizer o que disse. Vou ter que esperar o que decidem".
Gattuso já havia se envolvido em uma briga anterior fora de campo com Jordan, ex-jogador do Milan. Ele também foi advertido com o cartão amarelo e vai ficar fora do jogo de volta, em Londres, no dia 9 de março. E a punição ao volante poderá ser ainda maior de acordo com as regras disciplinares da Uefa, que sugerem suspensão por ao menos três partidas de competições europeias "por agredir jogadores ou outras pessoas presentes na partida".
A Uefa abriu o inquérito depois de analisar os relatórios do árbitro francês Stéphane Lannoy e do belga Fernand Meese, delegado da partida. Entretanto, a entidade se recusou a julgar o meia Mathieu Flamini, do Milan, que recebeu o cartão amarelo por uma falta violenta cometida em Vedran Corluka, que precisou ser substituído. A Uefa decidiu que Lannoy viu o incidente e tomou a decisão correta.