Candidato presidencial na próxima eleição da Fifa, o príncipe Ali Bin Al Hussein disse que a entidade será mais transparente e progressista se ele for bem-sucedido na tentativa de derrotar Joseph Blatter, o atual chefe do órgão gestor do futebol no mundo.
O príncipe Ali, de 39 anos, anunciou seus planos presidenciais nesta semana e prometeu realizar reformas para limpar a imagem da Fifa, manchada com a acusações de suborno no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
"A Fifa como uma organização tende a ser um pouco secreta", disse o príncipe jordaniano, neste sábado, em Melbourne, onde participa de encontro da Confederação Asiática de Futebol, enquanto é disputada a Copa da Ásia.
"Mas é o esporte mais popular do mundo, devemos estar confiantes e felizes por estarmos abertos e comprometidos com todos. Temos de trazer a administração do esporte para o tempo atual em que vivemos. A mudança é inevitável e eu estou aqui para trabalhar para uma mudança positiva".
Blatter, de 78 anos, vai buscar quinto mandato no cargo que assumiu há 17 anos. A eleição será realizada em Zurique em 29 de maio. A decisão do príncipe Ali de concorrer contra Blatter surpreendeu até o presidente da sua própria confederação, o xeque Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, que disse que iria apoiar Blatter.
O príncipe Ali, presidente da associação nacional de futebol da Jordânia, admitiu ter uma difícil tarefa pela frente para ganhar o apoio da maioria das federações nacionais ao redor do mundo, mas ele se comprometeu a gastar os próximos meses tentando construir um consenso no mundo do futebol.
"Eu não estou preocupado com números no momento", disse. "Nós temos alguns meses até a eleição, mas eu tenho total confiança de que eles são pessoas decentes que votarão para o que eles veem como o futuro do futebol".
Um dos vice-presidente da Fifa, o príncipe Ali repetiu seu apelo para a entidade publicar o relatório de Michael Garcia, seu ex-procurador, sobre as acusações de corrupção em torno da disputa pelas sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
"Eu acredito que devemos ser totalmente transparentes a esse respeito. Eu espero que isso aconteça antes que eu seja eleito, para ser honesto. A minha posição é que o mundo precisa saber. Fizemos um grande negócio tendo esta investigação, em primeiro lugar. Nós não podemos fazer isso e, em seguida, fechar a porta".