Futebol

Bruno será ouvido por tentativa de extorsão de juíza

27 jun 2011 às 17:40

O goleiro Bruno Fernandes, que está preso acusado de mandar matar sua ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos, vai ser ouvido nesta terça-feira, 27, pelos integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas. Os deputados querem ouvir do atleta sua versão sobre a tentativa de extorsão que teria sofrido da juíza José Maria Starling, de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, e do advogado Robson Pinheiro. Além de Bruno, também devem ser ouvidos seu defensor, Cláudio Dalledone Júnior, e a namorada do jogador, a dentista Ingrid Calheiros Oliveira.

No início do mês, Ingrid procurou os deputados para denunciar que a Maria José e Pinheiro teriam pedido R$ 1,5 milhão para conseguir a libertação de Bruno, que ainda vai a julgamento por júri popular pelo sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza. A Assembleia chegou a marcar audiência na semana retrasada para ouvir Ingrid e Dalledone, mas eles não compareceram. Segundo o advogado, a convocação foi feita em cima da hora e não houve tempo para que eles fossem, mas garantiu presença na audiência de hoje.


Já Bruno seria ouvido pelos parlamentares na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, também na região metropolitana da capital. No entanto, segundo a assessoria do presidente da comissão parlamentar, deputado estadual Durval Ângelo (PT), a própria defesa do goleiro solicitou que o local do depoimento fosse alterado. Ontem (27), a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), responsável pela administração das penitenciárias mineiras, confirmou que recebeu determinação judicial para que o atleta seja levado hoje à assembleia.


Dalledonne disse que, por ser um depoentes, não poderia adiantar o que será falado aos parlamentares. Porém, confirmou a existência de um vídeo no qual Robson Pinheiro estaria fazendo o pedido do dinheiro em nome da juíza - que seria exibido na audiência passada, mas não foi apresentado.

"Vou confirmar aquilo a que assisti, aquilo que eu documentei. Esse meu depoimento vai ser remetido ao CNJ e ao Conselho Federal da Ordem", afirmou, referindo-se ao Conselho Nacional de Justiça e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), respectivamente. "Vou apresentar muitos documentos. Existe um vídeo. Não há dúvida alguma em relação a isso", acrescentou. Robson Pinheiro nega as acusações. Já a juíza, que já foi alvo de outras representações no CNJ, não se pronunciou sobre as denúncias.


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