Foram 27 rodadas, 378 jogos em 126 dias. Apenas oito equipes sobreviveram à guerra do Brasileirão, que começou no longínquo 1º de agosto. O doce sabor da classificação pode ter vindo com antecipação ou há apenas três dias, na última rodada disputada no domingo passado. Pode ter sido comemorada como um título, ou com a frieza dos superiores.
Mas quem entrar em campo na noite de hoje sabe que não será fácil sobreviver em um dos mais equilibrados campeonatos nacionais do mundo, onde seu mais vitorioso participante – o Flamengo, com cinco títulos – solta fogos por se livrar do rebaixamento.
Estarão em campo oito títulos brasileiros e também muita insegurança do lado de fora do gramado. Para Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Bahia, Fluminense, Grêmio, Ponte Preta, São Caetano e São Paulo, não importa mais os triunfos ou os insucessos que provocaram delírio ou ira entre os torcedores. Na batalha de hoje – as quartas-de-final do Brasileirão – é matar ou morrer.
Mais de quatro meses de trabalho colocados à prova em 90 minutos. Ou em 120, se o empate persistir. Nem mesmo os seguidores do São Caetano, dos dois Atléticos e do Fluminense – todos com a vantagem de jogar em casa e pelo empate no tempo normal e na prorrogação – conseguem disfarçar a preocupação de seu sonho ruir em apenas uma noite.
O drama das quartas-de-final começa às 20h30 com dois jogos. No Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano, no ABC paulista, o time da casa, emblema de futebol solidário e de resultados, põe em jogo a sua impressionante campanha de diante do azarão Bahia, última equipe a passar pelo funil da primeira fase. No mesmo horário, em Belo Horizonte, com promessa de renda e público recorde no Mineirão, enfrentam-se o Atlético-MG e Grêmio.
Às 21h40, no Maracanã, o Fluminense faz seu jogo mais importante na temporada diante da regular Ponte Preta, clube paulista que foi semifinalista em quatro campeonatos nacionais nos últimos três anos.
Na Arena da Baixada, também às 21h40, o Atlético Paranaense tem o peso de ser o único representante do Estado nas finais, de defender o humor de um estádio lotado e de enfrentar as constantes críticas de que não é o que o futebol convencionou chamar time de chegada.
Do outro lado, o inconstante São Paulo, capaz de levar a maior goleada do campeonato (7 a 1 para o Vasco) e de conseguir uma incrível série de vitórias sobre os integrantes do Grupo dos Treze, após outra série, desta vez de derrotas, para os considerados pequenos.
Para os cardíacos que não se livram do vício do futebol duas boas notícias: na prorrogação, não haverá ‘Morte Súbita’ ou ‘Gol de Ouro’, e em nenhuma hipótese, os classificados sairão após disputa de pênaltis.
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