O Botafogo precisava se reabilitar da goleada sofrida para o Goiás, por 4 a 1, na última quarta-feira. Derrotar o Cruzeiro, neste sábado, seria importante para retomar o embalo no Campeonato Brasileiro. Mas a torcida botafoguense saiu frustrada do Engenhão. Queria a vitória, mas ela não veio. O empate por 2 a 2, num ótimo jogo, repleto de emoção, manteve o clube carioca na quarta posição, com 38 pontos, seis a menos do que o líder Corinthians.
Já o Cruzeiro, que vinha de cinco vitórias consecutivas e era dono da melhor campanha na competição após a Copa do Mundo na África do Sul, não deixou o campo cabisbaixo neste sábado. Sabia que enfrentaria dificuldade no Engenhão - o Botafogo ainda não perdeu em casa neste Brasileirão - e não considerou o resultado ruim. Afinal, chegou aos 41 pontos e permaneceu em terceiro lugar, perto da briga pelo título.
Largar na frente num jogo decisivo é sempre importante. Ainda mais com apenas quatro minutos de bola rolando. O Botafogo teve esse privilégio neste sábado. Após desvio do zagueiro Edcarlos, o lateral-direito Alessandro pegou a sobra dentro da área, fingiu que iria finalizar, "limpou" dois defensores e bateu no canto direito do goleiro Fábio. "Foi um belo gol. Tive a felicidade e a calma de concluir bem", vibrou o jogador.
O Botafogo desceu para o vestiário com 1 a 0 no placar e a certeza de que o time mineiro viria com tudo para a etapa final. Foi o que aconteceu. O Cruzeiro virou com dois gols do meia argentino Montillo: um de pênalti, aos 11 minutos, e o outro num chute de fora da área, depois de bela jogada aos 25.
Mas o Botafogo empatou o jogo num pênalti polêmico, convertido pelo atacante uruguaio Loco Abreu. Desta vez, ele não cobrou com paradinha. Bateu firme no canto, aos 35 minutos, e comemorou muito. Depois, o time carioca pressionou em busca da vitória, mas não conseguiu marcar novamente.
"No Brasileiro, o melhor é sempre vencer. Mas o empate não foi ruim para gente. O Botafogo é um adversário difícil", disse o meia Roger, um dos titulares do Cruzeiro.