Futebol

Bolívia derrota Equador e quebra jejum de 18 anos

15 jun 2015 às 22:02

A Bolívia encerrou um jejum de 18 anos nesta segunda-feira (15) ao derrotar o Equador por 3 a 2, em Valparaíso, no Chile, pela segunda rodada do Grupo A da Copa América. Mas o triunfo, que encerrou a longa sequência sem vitórias no torneio desde 1997, foi mais sofrido do que a torcida esperava. Após abrir 3 a 0 no primeiro tempo, os bolivianos levaram dois gols e passaram sufoco para garantir a aguardada vitória.

Com o resultado, a Bolívia chegou aos quatro pontos no Grupo A e se aproximou da classificação às quartas de final - pela mesma chave, o anfitrião Chile enfrentará o México ainda na noite desta segunda. Já o Equador, com duas derrotas, segue sem pontuar e tem poucas chances de avançar.


Para a torcida boliviana, a primeira vitória nesta Copa América também significou o fim de um jejum de 18 anos. Desde 1997, quando sediou o evento, a seleção da Bolívia acumulou oito derrotas e oito empates. Nesta segunda, a série negativa foi encerrada com gols de Ronald Raldés, Martin Smedberg e Marcelo Moreno.


O JOGO - Considerada uma das seleções de menor expressão da América do Sul, a Bolívia surpreendeu ao aplicar 3 a 0 no Equador na etapa inicial. A ampla vantagem começou em lance de bola parada. Logo aos 4 minutos, Ronald Raldés aproveitou cobrança de escanteio e, livre de qualquer marcação, cabeceou quase na pequena área para abrir o placar.


Após o gol, a Bolívia seguiu tentando se impor no ataque e buscou o segundo gol em uma vacilada da defesa equatoriana. Pedriel roubou a bola e acionou Marcelo Moreno, que só rolou para Smedberg acertar belo chute de fora da área, aos 18.


A surpresa da torcida do Equador só não foi maior quando sua seleção desperdiçou a melhor chance da etapa aos 37. Em cobrança de pênalti, marcado equivocadamente pelo árbitro, Enner Valência bateu mal e o goleiro Romel Quiñonez fez a defesa. Antes, o Equador já havia perdido duas boas chances de gol, aos 29 e aos 31.


O que parecia ruim para o Equador ficou ainda pior quando o zagueiro Erazo, do Grêmio, cometeu uma trapalhada dentro da área e acabou acertando o pé no rosto de Damián Lizio. O árbitro deu pênalti e o defensor escapou da expulsão. Na cobrança, Marcelo Moreno não perdoou e ampliou a vantagem boliviana, aos 42 minutos.


Depois do susto no primeiro tempo, o Equador partiu com tudo para o ataque no início da segunda etapa. E descontou logo aos 2 minutos, com Enner Valência, se redimindo do pênalti desperdiçado na etapa inicial.


Mas a pressão que a seleção equatoriana parecia ensaiar não se confirmou. Valência e Ibarra, que entrou no segundo tempo, até chegavam com perigo ao ataque, mas esbarravam nas próprias limitações técnicas. O setor ofensivo equatoriano acumulava erros, seja no último passe, seja nas finalizações. Quando acertava, parava nas boas defesas de Quiñonez.


Foi assim aos 19 minutos, em chute de Ibarra dentro da área, e aos 21, em chance de Noboa. Aos 28, Cazares arriscou de longe e quase encobriu Quiñonez. A Bolívia, satisfeita com o resultado, já se defendia com seus 11 jogadores e não procurava mais o ataque.


Somente quando os bolivianos recuaram é que o Equador partiu para o tudo ou nada no ataque. E marcou o segundo gol em um forte chute de Miller Bolaños, de fora da área, aos 36 minutos. Na sequência, Montero carimbou o travessão. E apenas dois minutos depois Cazares exigiu grande defesa de Quiñonez.


A Bolívia, no entanto, se segurou como pôde, aguentou o sufoco e conquistou uma sofrida vitória, apesar do placar de 3 a 0 construído no primeiro tempo.

Na próxima rodada, o Equador tentará se recuperar no Grupo A diante do México, na sexta-feira. No mesmo dia, a Bolívia vai enfrentar o anfitrião Chile.


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