Após fazer uma visita à ONU, na quinta-feira, o meia ganês Kevin-Prince Boateng foi convidado para fazer parte da força-tarefa antirracismo estabelecida pela Fifa. Em uma visita à sede da entidade, em Zurique, Boateng aceitou o convite e disse que "todos devem ter atenção especial quanto ao assunto".
"Esta força-tarefa precisa de personalidades fortes e pessoas que encarem o público, como Boateng, para ganhar credibilidade", afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, no encontro com o meia do Milan.
Boateng vem se destacando como um símbolo na luta contra o racismo desde que deixou o gramado durante amistoso do Milan contra o modesto Pro Patria por conta de insultos racistas da torcida adversária, em janeiro deste ano. O jogador foi acompanhado pelos companheiros de time e a partida foi finalizada na metade do segundo tempo.
"Quando eu deixei o gramado contra o Pro Patria, eu sabia que não estava tomando a decisão certa. Mas no momento eu estava muito irritado e emotivo", contou o meia a Blatter. "Acredito que os árbitros devem ter maior poder nesta questão e eles devem ter a coragem para tanto. Mas sei que não é fácil", afirmou.
Blatter não deu detalhes de como será a participação de Boateng na força-tarefa, presidida por Jeffrey Webb, vice-presidente da Fifa e mandatário da Concacaf.
Na quinta-feira, Boateng e integrantes da Fifa foram convidados de honra da Organização das Nações Unidas (ONU) para a celebração do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, realizada durante a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.