Joseph Blatter foi reeleito nesta quarta-feira para mais um mandato como presidente da Fifa, cargo que já ocupa desde 1998 - foi o sucessor do brasileiro João Havelange. Apesar da enorme crise na entidade, que tem enfrentado seguidos escândalos de corrupção, o suíço ganhou mais quatro anos como dirigente máximo do futebol mundial.
Candidato único, Blatter recebeu 186 dos 203 votos possíveis na eleição realizada durante o Congresso da Fifa, em Zurique, na Suíça. Mohamed bin Hammam, dirigente do Catar e presidente da Confederação Asiática de Futebol, era o seu único adversário no pleito, mas desistiu da disputa no último sábado, um dia antes de ser suspenso pelo Comitê de Ética da entidade - é investigado por suposto suborno aos eleitores de países do Caribe.
Antes da vitória de Blatter, a Inglaterra chegou a pedir o adiamento da eleição até que todas as denúncias de corrupção pudessem ser investigadas. Mas a proposta inglesa foi rejeitada pela maioria das federações e o pleito acabou acontecendo mesmo nesta quarta-feira.
Na abertura do Congresso, ainda antes da eleição presidencial, Blatter admitiu, durante seu discurso, os problemas internos da Fifa. "O barco da Fifa passa por águas turbulentas, mas este barco deve ser levado pelo caminho certo. Eu sou o capitão deste barco. É minha obrigação e minha responsabilidade garantir que o barco volte para o caminho indicado", afirmou o dirigente suíço de 75 anos.
Blatter também prometeu fazer reformas na entidade para evitar novos escândalos de corrupção e propôs mudança na eleição das sedes da Copa do Mundo - seriam escolhidas pelas 208 federações filiadas e não mais pelos 24 membros do Comitê Executivo da entidade. Com esse discurso, e sem nenhum adversário, ele acabou sendo reeleito para mais quatro anos no comando da Fifa.