Futebol

Barcos decide, eficaz Grêmio vence o Botafogo no Maracanã e cola no G4

28 set 2014 às 18:02

Sobra eficiência ao Grêmio de Luiz Felipe Scolari. Neste domingo, o Tricolor alcançou o nono jogo invicto no Campeonato Brasileiro, sendo oito sem sofrer gols. Isso mesmo. Oito. O time da vez que não conseguiu transpor o goleiro Marcelo Grohe, agora com 810 minutos sem buscar uma bola sequer na rede, foi o Botafogo. Além de não conquistar tal objetivo, o Alvinegro ainda viu Barcos marcar os dois gols gremistas na vitória, por 2 a 0, em pleno Maracanã. O resultado, válido pela 25ª rodada da competição, fez o Grêmio colar no G4.

Com os três pontos conquistados no Rio de Janeiro, o Grêmio chegou aos 43 e só não entrou no G4 do Brasileirão pois tem saldo de gols inferior comparando com o São Paulo, o quarto colocado. O duelo deste domingo ainda foi o 20º do Tricolor sem ser derrotado por equipes cariocas no Brasileirão. Agora são 15 vitórias e cinco empates. Já o Botafogo, agora com 27 pontos, ficará na dependência do complemento da rodada para saber se retornará à zona do rebaixamento.


PRÓXIMOS JOGOS
O Botafogo volta a atuar no Campeonato Brasileiro no próximo sábado, quando enfrentará o Vitória, no Barradão, a partir das 16h20. Antes, o Alvinegro carioca terá o Santos como adversário, nesta quarta-feira, às 20h30. O duelo, no Maracanã, será o primeiro pelas quartas de final da Copa do Brasil. Já o Grêmio, pelo Brasileirão, receberá o São Paulo como rival, no sábado, a partir das 16h20 e na Arena.


GRÊMIO SUPERIOR


Atuando diante da sua torcida no Maracanã, era de se esperar por um Botafogo chamando a responsabilidade, propondo o jogo. Mas não foi isso que aconteceu nos primeiros 45 minutos de bola rolando. O Grêmio é que tratou de ter o controle do jogo, o que foi evidenciado pela posse de bola: 65% contra 35% do Alvinegro. Ora Luan, ora Dudu trabalhavam como articuladores. Os volantes Ramiro e Fellipe Bastos participaram muito mais do que Ramírez e Zeballos, a dupla que deveria criar para o Botafogo. Deveria, pois não criou. Faltou, na prática, transpor o sempre eficaz Jefferson para o Tricolor gaúcho, que foi superior. A melhor chance foi com Barcos, aos 11 minutos.


Sem a bola na maioria do tempo e chamando, perigosamente, o Grêmio para o seu campo, o Botafogo foi refém dos contra-ataques. Só que eles não vieram. Perigo para Marcelo Grohe com seus mais de 700 minutos sem buscar uma bola sequer na rede? Nenhum. As finalizações de Rogério e Sheik, por exemplo, foram facilmente defendidas. O Botafogo mais assistiu do que jogou, mas o Grêmio não teve o capricho necessário para ir para o intervalo em vantagem.


BOTAFOGO 'DIFERENTE' E... GRÊMIO NA FRENTE!
Vagner Mancini teve que mudar o Botafogo. Zeballos, que praticamente nada fez, deixou o jogo para a entrada de Wallyson. A proposta era clara: mais velocidade no ataque. A mudança que, de fato, precisa acontecer foi vista logo com um minuto. Mais dedicado, o Alvinegro tratou de pressionar o Grêmio e quase abriu o placar em uma belíssima jogada. Ramírez, de trivela, serviu Emerson. De voleio, o camisa 7 viu Grohe operar um milagre. Eis que veio um balde de água fria para o time carioca. Após Ramírez escorregar, o Grêmio teve a bola e, após envolvente troca de passes, abriu o placar com Barcos, aos cinco minutos. Décimo gol do Pirata no Brasileirão.

Ciente da necessidade de tornar o Botafogo mais perigoso e com mais qualidade técnica para transpor a eficaz marcação gremista, Vagner Mancini apostou em Carlos Alberto na vaga de Dankler, levando Gabriel para a lateral direita. Mais exposto, o Botafogo bem que tentou, mas parou exatamente na eficácia defensiva do rival e em suas próprias limitações. Além de não mostrar a qualidade necessária, o Botafogo ainda colaborou. Após bola mal afastada, Gabriel deu condição para Barcos, que, cara a cara com Jefferson, mostrou frieza e ampliou, aos 31, marcando pela 11ª vez no Brasileirão. Marcelo Moreno, com 12, é o artilheiro. Foi o gol que confirmou o triunfo tricolor. Triunfo de um eficaz Grêmio de Luiz Felipe Scolari. O Botafogo não conseguiu, em nenhum momento, ser um time capaz de vencer seu rival e seguirá sofrendo na luta contra o rebaixamento.


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