O Barcelona voltou a fazer história e confirmou neste domingo (18) a sua supremacia no futebol. Atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa, a equipe faturou o título do Mundial de Clubes ao golear, com facilidade e uma atuação impressionante, o Santos por 4 a 0 na decisão do torneio, disputada em Yokohama, no Japão.
Este é o segundo título mundial conquistado pelo Barcelona, que havia faturado o troféu em 2009, ao derrotar o Estudiantes na decisão, com a mesma base e o mesmo treinador - Pep Guardiola - da final deste domingo. Dessa vez, porém, a conquista veio com mais tranquilidade e foi praticamente definida logo no primeiro tempo. Contra o time argentino, a conquista foi sacramentada apenas na prorrogação.
Com a conquista deste domingo, o Barcelona encerrou a sina de sofrer com times brasileiros no Mundial, já que em 1992 foi derrotado pelo São Paulo, enquanto o Internacional o superou em 2006. O Santos, porém, não conseguiu repetir os feitos dessas equipes do País e adiou o sonho de conquistar o seu terceiro título mundial.
O Barcelona conquistou praticamente todas as competições que disputou sob o comando do técnico Pep Guardiola, com uma equipe liderada em campo pelo astro argentino Lionel Messi. A partir da temporada 2008/2009, o time faturou as três edições do Campeonato Espanhol que disputou, duas Liga dos Campeões, uma Copa do Rei e agora dois Mundiais de Clubes, além de outras torneios menores. E, pelo futebol apresentado neste domingo, o time deve faturar novos títulos nos próximos meses.
O jogo - Neste domingo, o Barcelona nunca teve a sua vitória ameaçada pelo Santos. A equipe espanhola teve mais de 70% da posse de bola e sufocou o time brasileiro desde o início do duelo. Com trocas de passe em velocidade, envolveu a defesa santista e garantiu a nova conquista logo no primeiro tempo, quando abriu 3 a 0.
O Santos não conseguiu parar o Barcelona, mesmo atuando fechado na sua defesa, que cometeu erros em dois gols da partida. A equipe saiu poucas vezes para o ataque e criou chances efetivas de gol apenas no começo do segundo tempo, mas Borges e Neymar falharam nas finalizações, o que impediu qualquer esperança de reação.
O Santos entrou em campo com uma escalação diferente da que enfrentou o Kashiwa Reysol nas semifinais. O técnico Muricy Ramalho barrou o meia Elano, promoveu a entrada do lateral-esquerdo Léo e escalou o time com três zagueiros: Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval.
Já o Barcelona, que não contou com os atacantes David Villa e Alexis Sánchez, contundidos, escalou a sua base titular, ao contrário do que aconteceu na vitória por 4 a 0 sobre o Al-Sadd, quando alguns jogadores, como Xavi, foram poupados. Além disso, Thiago Alcântara e Fábregas iniciaram a partida.
Como tradicionalmente faz, o Barcelona assumiu o controle do jogo desde o início, trocando passes no campo de ataque em busca de espaços na defesa do Santos, que não conseguia ficar com a posse de bola e atuava recuado. Assim, o time espanhol criou a sua primeira oportunidade aos 12 minutos. Messi fez jogada individual e finalizou de fora da área. O goleiro Rafael espalmou e Thiago ficou com o rebote. Ele chutou e o santista voltou a defender.
O Barcelona começou a definir a conquista do seu segundo título mundial aos 16 minutos, quando abriu o placar da decisão. Xavi deu um lindo passe para Messi, que dominou e tocou por cobertura, na saída de Rafael. Bruno Rodrigo tentou cortar em cima da linha, mas não conseguiu.
O gol não alterou o panorama da partida, com o Barcelona mantendo a posse de bola no campo de ataque contra um Santos com enorme dificuldade para avançar. Assim, com naturalidade, o time catalão fez o seu segundo gol aos 24 minutos. Daniel Alves avançou pela direita e cruzou rasteiro. Bruno Rodrigo não conseguiu cortar o passe e a bola ficou com Xavi, que finalizou, sem chance de defesa para Xavi.
O Santos ameaçou pela primeira vez aos 26 minutos. Paulo Henrique Ganso deu bom passe para Borges, que entrou na área e finalizou rasteiro, para a defesa de Valdés. Apesar desse susto, o Barcelona seguiu com o jogo sob controle e quase ampliou aos 28 minutos, quando Fábregas foi lançado nas costas da defesa e chutou, acertando a trave direita da meta defendida por Rafael. Em seguida, Muricy trocou o lateral-direito Danilo, contundido, por Elano.
Sem perder o controle da posse de bola e trocando passes sem pressa, o Barcelona conseguiu chegar ao seu terceiro gol aos 45 minutos. Messi dominou a bola dentro da área e tocou de calcanhar para Daniel Alves. O brasileiro cruzou e cortou para o meio da área. Messi tentou finalizar, mas não conseguiu. Fábregas, então, ficou com a bola e tocou no canto esquerdo, levando o time catalão a ir ao intervalo com uma expressiva vantagem.
Mesmo com a partida praticamente definida, o Barcelona manteve o mesmo ritmo e estilo de jogo no começo do segundo tempo, com trocas de passes no campo de ataque. E a equipe quase ampliou logo no primeiro minuto, após saída de jogo errada de Edu Dracena. Messi entrou na área e passou para Fábregas que finalizou rasteiro, para defesa de Rafael.
As oportunidades de gol surgiam em sequência. Aos seis minutos, Messi avançou desde o meio-de-campo, driblou seus marcadores e passou para Thiago, que cruzou para Daniel Alves, que cabeceou errado, perdendo boa chance. Dois minutos depois, Fábregas passou para Messi, que finalizou para grande defesa de Rafael.
A partida estava aberta e o Santos respondeu aos nove minutos, com Borges, que recebeu na área e chutou em Valdés. Na jogada seguinte, Iniesta trocou passes com Fábregas e chutou para fora. Aos 11 minutos, Neymar perdeu excelente oportunidade de diminuir. O santista entrou na área e chutou rasteiro, facilitando a defesa de Valdés.
O Santos trocou Borges por Alan Kardec, mas não conseguiu ameaçar o Barcelona, que seguia criando oportunidades. Aos 34 minutos, Daniel Alves acertou a trave. E o time catalão definiu a sua vitória aos 37 minutos ao marcar o quarto gol. O lateral-direito brasileiro passou pela marcação e tocou para Messi, que driblou Rafael antes de finalizar e fazer mais um belo gol. Antes do final do jogo, o Santos ainda trocou Paulo Henrique Ganso por Ibson. A conquista do título mundial pelo Barcelona com uma indiscutível goleada e mais uma atuação de gala, porém, já estava definida.