Josep María Bartomeu, novo presidente do Barcelona, compareceu a uma entrevista coletiva com o propósito de colocar um ponto final em toda polêmica envolvendo a contratação de Neymar. O clube sustenta que pagou 57 milhões de euros (R$ 187,6 milhões) pelo craque, mas, por meio de cálculos, admite que o total desembolsado pela Joia foi de 86,2 milhões (R$ 283 milhões), incluindo contratos de publicidade, bônus, luvas e acordo de prioridade com o Santos.
Entre vários assuntos, o novo mandatário do clube abriu a coletiva da posse do cargo revelando que o pai de Neymar autorizou o clube a mostrar os números, quebrando a confidencialidade porque "considerava injusto o resultado de todo o caso". - Os documentos deixam claro que o Barça pagou 57 milhões de euros. Não mentimos. Esta operação foi supervisionada. Estamos dentro da legalidade. É um assunto de estratégia - insiste Bartomeu.
Antes de abrir para perguntas, o diretor esportivo do clube, Raul Sanllehí, mostrou um slide com uma diferença de nove milhões de euros (quase R$ 30 milhões) entre o publicado pelos jornais espanhóis e o valor desembolsado pelo Barça, referente aos dois amistosos contra o Santos previstos no contrato. Apenas um foi disputado.
Sem citar nomes, Sanllehí também confirmou que Neymar recebeu ofertas maiores do que as do Barça, mas optou pelo clube catalão. - Neymar estaria livre a partir de 2014. Vários clubes estavam interessados nele. O pai do jogador recebeu uma oferta de 60 milhões de euros (R$ 197,5 milhões) de uma empresa. Ela subiu para 100 milhões (R$ 329,2 milhões), com um salário maior do que poderíamos pagar. O melhor que conseguimos foi ganhar do Santos, no Mundial de 2011. A partir daquele dia, Neymar disse que havia entendido o que era o futebol. Depois, ele recusou a oferta.