Jogando bem e dominando o adversário mesmo quando estava com um homem a menos, o Atlético venceu o Cruzeiro por 2 a 1. A partida foi no Estádio Independência e começou às 14h30, debaixo de um forte calor.
O jogo entre Cruzeiro e Atlético, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, começou cedo, às 14h30, debaixo de um forte calor. Mesmo assim, as emoções não demoraram para acontecer. Logo aos sete minutos, Kléberson cobrou uma falta pela esquerda de ataque e o zagueiro Nem subiu mais que a zaga cruzeirense e marcou de cabeça o primeiro gol do Atlético.
Quase não deu tempo para os atleticanos comemorarem. Aos 8 minutos, Ozéas entrou na área e chutou, acossado pelo lateral atleticano. A bola foi para fora, mas o árbitro marcou pênalti. Edmundo, que estreava junto à torcida, cobrou e marcou. O goleiro Flávio, do Atlético, não tomava gol de pênalti havia cinco tentativas.
O Atlético esteve melhor no primeiro tempo e criou as principais chances de gol. O meia Kléberson cobrou uma falta com muito veneno e a bola foi de encontro à trave, quase marcando o segundo gol atleticano.
O segundo tempo não começou bem para o Atlético. O técnico Mário Sérgio, que havia começado o jogo com Erandir na lateral-esquerda, mudou de idéia e colocou Igor no lugar. Logo aos dois minutos, Alessandro foi lançado e entrou na área em velocidade, sendo derrubado por Cris. Os dois são companheiros de seleção brasileira. Kléber cobrou errado, chutando a bola para fora.
Com se não bastasse, dois minutos depois de perder o pênalti, o volante Pires foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo. Para continuar com a marcação forte no meio-de-campo, Mário Sérgio tirou Kléber para a entrada de Cocito.
Aos 17 minutos, buscando mais criatividade no meio, entrou Souza no lugar de Adriano, fazendo a estréia com a camisa rubro-negra. Adriano não estava mal pois movimentava-se bastante e era uma das opções de saída de jogo do Atlético, mas carregava e corria muito com a bola e não dava tranqüilidade ao time.
O jogo caiu de velocidade e ficou mais restrito ao meio-de-campo. Mesmo assim, a chance foi do Atlético. Igor, que havia entrado, foi ao ataque e chutou forte da entrada da área para a boa defesa do goleiro Bosco. No rebote, Alex Mineiro chutou para nova defesa de Bosco.
A partir dos 35 minutos, o Cruzeiro começou a pressionar mais, aproveitando-se do cansaço dos atleticanos que jogaram com um jogador a menos sob um calor intenso.
Mas então notou-se a importânca de Souza, que segurava a bola, tranqüilizava o meio-de-campo e ainda fazia passes e lançamentos perfeitos para os contra-ataques.
Assim, o Atlético teve mais uma grande chance aos 41 minutos. Souza lançou Kléberson, que entrou na área e serviu Alessandro que, quase na linha da pequena área, chutou torto, por cima do gol.
Novamente num contra-ataque, numa boa jogada de Souza e Igor, este foi até a área e serviu Alex Mineiro para fazer o segundo gol aos 45 minutos. Foi o que bastou para a torcida do Cruzeiro começar a vaiar o time e gritar "timinho, timinho" para a milionária seleção de estrelas do Cruzeiro.
Ao final da partida, o técnico Mário Sérgio vibrava com os jogadores do seu time e declarou que o grande nome da partida foi o de Igor, que entrou improvisado na lateral-esquerda e deu o passe para a marcação do segundo gol atleticano.
Do outro lado, o técnico Paulo César Carpegiani saía de campo vaiado pela torcida que também não perdoava o fraco desempenho dos jogadores, principalmente de Edmundo e Rincón, que pouco fizeram na partida. O time do Cruzeiro não vence há cinco jogos consecutivos e perdeu os dois primeiros do Brasileirão, contra o Paraná Clube e, agora em casa, com o apoio da torcida, para o Atlético que jogou todo o segundo tempo com um homem a menos.