Futebol

Atlético Paranaense aprova ações da CPI

08 nov 2000 às 19:19

O presidente do Atlético Paranaense, Ademir Adur, não teme a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que pretende investigar a venda do atacante Lucas para o Rénnes, da França. Ele insistiu em dizer que todas as operações de venda dos seus jogadores para o exterior passaram pelo crivo do Banco Central e que o contrato está à disposição para todos aqueles que desejarem conhecer mais das negociações.

Adur afirmou que o rubro-negro paranaense não vendeu o atacante Lucas pelo valor de US$ 21 milhões, conforme noticiado pela imprensa brasileira e do exterior. "O valor é bem menor", disse, lembrando que metade do passe do atleta pertence ao empresário Juan Figger, que teve o seu sigilo bancário e fiscal quebrado pela CPI do Senado, juntamente com o do seu, filho Marcel Figger, ligado ao Rentista, do Uruguai.


"Os dirigentes do Atlético nunca falaram em valores e nem mesmo em US$ 21 milhões. Quem inventa os números é quem deve provar", explica o presidente atleticano, que negou-se a declarar do preço verdadeiro. "O Atlético não comenta nada do aspecto financeiro. Mas posso lhe confidenciar que os dólares que recebemos na França foram convertidos para reais pelo Banco Central".

Apesar de admitir a parceria que há entre o Atlético e Figger, Adur não se preocupa que o empresário seja investigado porque as negocições foram, segundo ele, feitas na maior transparência. "Eles são empresários de futebol devidamente regulamentados. Os acusadores que devem reunir as provas das irregularidades e mostrar para a sociedade", afirmou, alegando que seu clube está rigorosamente em dia com suas obrigações como INSS (o rubro-negro tem uma dívida declarada de R$ 1,2 milhão, refinanciada através do Refis), fundo de garantia e imposto de renda.


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