Depois do empate com o Flamengo, domingo, no Maracanã, surgiu a suspeita de que o Goiás teria recebido a famosa "mala branca", incentivo financeiro de outro clube para conseguir um bom resultado. Mas o técnico Hélio dos Anjos e os jogadores do time goiano negaram ter recebido qualquer dinheiro de quem estivesse interessado num tropeço flamenguista.
A suspeita de "mala branca" foi levantada pelo zagueiro Ronaldo Angelim, do Flamengo, logo depois do jogo de domingo no Maracanã. Segundo ele, o São Paulo teria oferecido R$ 300 mil para os jogadores do Goiás complicarem a vida flamenguista. A denúncia causou indignação no Goiás.
"Dentro de campo são onze contra onze, não tem esse negócio de mala. No jogo contra o Flamengo, o que valia para nós era garantir a vaga na Sul-Americana e terminar o campeonato com dignidade", reagiu o atacante Felipe. "Nós tínhamos um objetivo no jogo e conseguimos o nosso objetivo. Agora quer dizer que jogamos o que jogamos graças a uma mala?", completou o goleiro Harlei.
O técnico Hélio dos Anjos disse que ficou surpreso com a denúncia de Ronaldo Angelim. "Minha equipe jogou muito bem ao longo do campeonato, ficamos abaixo do ideal em oito rodadas, mas, antes do jogo contra o Flamengo, eu disse a todos: ''Vamos resgatar a nossa equipe''. E resgatamos", explicou.
Essa é a segunda acusação de "mala branca" nesta edição do Brasileirão. O goleiro Renê e o atacante Val Baiano chegaram a admitir, após a vitória do Barueri sobre o Flamengo, no dia 28 de outubro, que teriam recebido a promessa de ganhar um incentivo financeiro de outro clube. Os dois jogadores acabaram afastados pelo clube paulista por dois jogos, mas, como negaram o caso e nada ficou provado, foram reintegrados ao elenco.