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ACUSAÇÕES GRAVES

Atacante brasileira denuncia assédio moral e psicológico no Barcelona

Redação Bonde
29 mar 2022 às 12:00

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- Divulgação/Instagram
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A atacante brasileira Gio Queiroz publicou, nesta terça-feira (29), uma carta aberta em suas redes sociais para denunciar casos de assédio moral e psicológico que teria sofrido no Barcelona. A jogadora, que chegou ao clube com 17 anos, hoje tem 18 e joga no Levante, emprestada pelo clube catalão.


No texto em espanhol, intitulado "Carta Aberta ao Presidente do FC Barcelona", Gio Queiroz diz ter sido pressionada a não jogar pela Seleção Brasileira e ter sofrido abuso moral e psicológico por parte de um diretor do clube. "Primeiro recebi indicações de que jogar pela Seleção Brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube. Apesar do desagradável e persistente assédio, não dei muita importância e atenção ao assunto", escreveu. Vale lembrar que a atleta tem nacionalidade espanhola e americana e chegou a defender as seleções de base dos dois países. Para o futebol profissional, no entanto, escolheu o Brasil.

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Em um trecho, ela conta ter sido obrigada por uma médica do Barcelona a cumprir isolamento em casa em fevereiro de 2021, sob alegação de ter tido contato com uma pessoa infectada por Covid-19. "Como a ordem médica era contrária ao protocolo sanitário, contatei diretamente a secretaria de saúde da Catalunha e pedi esclarecimentos. A resposta foi clara e contundente: meu caso não era e nem poderia ser considerado como contato, segundo o protocolo", afirmou na carta.

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Após cumprir a quarentena imposta, Gio Queiroz diz ter conseguido uma autorização da Fifa para se juntar à Seleção Brasileira em uma viagem aos EUA, já que obteve resultados negativos para Covid-19 nos testes PCR. Quando retornou ao Barcelona, porém, foi chamada para uma reunião com um diretor do clube. "Fui acasada de ter cometido uma grave indisciplina e, por isso, seria afastada da equipe e sofreria graves consequências. Fiquei completamente em choque", relatou.

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A partir desse momento, a pressão teria se transformado em ameaças, humilhações e diversas ocorrências de abuso psicológico e moral por parte do dirigente. "Foram situações humilhantes e vergonhosas durante meses dentro do clube. Ficou claro que ele queria destruir minha reputação, minar minha auto-estima, degradar minhas condições de trabalho e subestimar minhas condições psicológicas. O fato de ser menor não parece ter sido um impedimento, um dilema moral para meu agressor. Certamente ele agiu com o sentimento de impunidade, que teve a proteção de sua posição dentro do Barcelona", denunciou.


Apesar das denúncias, a atleta diz que o clube “não é responsável direto pela conduta abusiva denunciada”, que seria de responsabilidade do diretor em questão, cujo nome não foi divulgado. Ainda assim, Gio Queiroz diz esperar que o Barcelona "cumpra com seu papel institutcional e atue de maneira consequente e transparente, investigando e denunciando os possíveis crimes às autoridades competentes".


Até o momento da publicação da matéria, o Barcelona não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso.


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