O principal personagem do jogo entre Grêmio e Santos, nesta quinta-feira, não precisará ir novamente à 4ª Delegacia de Polícia em Porto Alegre. Com o inquérito ainda em andamento, o delegado Herbert Ferreira não pretende chamar o jogador do Peixe para depor novamente. Ainda restam 11 dias de investigação antes dos indiciamentos.
A presença de Aranha em Porto Alegre traz à tona novamente o que aconteceu no dia 28 de agosto, quando o goleiro acusou alguns torcedores do Grêmio de injúrias raciais durante a vitória santista por 2 a 0. Por ora, não há mais depoimentos marcados na 4ª Delegacia. Mas ainda é possível que isso aconteça, caso Ferreira entenda que seja necessário.
Atualmente, o inquérito passa por um período de diligência, com peritos analisando as imagens. O prazo legal é de 30 dias, o que deve ser utilizado pela polícia gaúcha para indiciar responsáveis pelas acusações feitas por Aranha.
Ontem, o técnico gremista Luiz Felipe Scolari deu uma declaração polêmica ao se dirigir aos jornalistas presentes no treinamento e questionar se todos "iam cair na esparrela" do goleiro novamente.
PATRÍCIA RESPEITA GOLEIRO
A torcedora flagrada pelas câmeras gritando a palavra "macaco", Patrícia Moreira, pediu um encontro com o goleiro quando se pronunciou oficialmente, acompanhada pelo seu advogado, Alexandre Rossato. Aranha, porém, rechaçou a possibilidade. Com o retorno para Porto Alegre, Rosatto e a sua cliente respeitarão sua postura e não irão tentar o pedido de desculpas pessoalmente para o camisa 1 do Peixe.