Quando contratou Aloísio, o São Paulo procurava um reserva de qualidade para Luis Fabiano. Provavelmente não esperava encontrar um ídolo. O atacante é o xodó da torcida não tanto pelos gols que marca, mas principalmente pela forma com que se dedica dentro de campo. Nem por isso deixa de se destacar com a bola nos pés. Nesta quarta-feira, só não foi o melhor em campo em Santiago porque Rogério Ceni fez uma das melhores partidas da sua carreira mais de duas décadas no Morumbi. Com dois gols e uma assistência, Aloísio foi determinante na classificação para as quartas de final da Copa Sul-Americana.
"Não importa se eu entro no jogo e faço gol. Óbvio que sempre quero marcar, mas o mais importante é ajudar a equipe do São Paulo. O gol não é minha principal meta do jogo, mas sim sair vencedor ajudando meus companheiros", afirmou Aloísio, que chegou aos 17 gols na temporada, apenas quatro a menos que Luis Fabiano.
O "Boi Bandido", como é chamado pela torcida, já havia sido o destaque da vitória sobre o Bahia, domingo, em Salvador, quando marcou o gol da vitória. Ao fazer os dois primeiros do 4 a 3 sobre a Universidad Católica, caiu ainda mais nas graças da torcida. E acabou de vez com uma situação que ele dizia que o estava constrangendo: desde que Muricy chegou ao clube ele não havia balançado as redes, jejum que encerrou domingo.
"Já venho trabalhando forte e bem em alguns jogos, e esse hoje (quarta) foi pra lavar a alma. Demonstramos que somos capazes de fazer coisas incríveis e a classificação foi muito boa pra todos os são-paulinos. A gente vai continuar na mesma batida, na mesma forma, lutando e brigando até o final", completou.