Horas depois de o Grêmio confirmar a demissão do técnico Caio Júnior e a sua substituição temporária pelo auxiliar Roger Machado, o diretor-executivo do clube, Paulo Pelaipe, deu entrevista coletiva, na qual evitou falar em nomes para assumir o cargo. Entre eles, Vanderlei Luxemburgo, demitido pelo Flamengo recentemente, aparece como forte candidato a ocupar a função.
"Vamos escolher um treinador que seja experiente e que tenha condições de fazer a equipe jogar aquilo que nós achamos que tem condições de jogar", despistou Pelaipe, citando também experiência e currículo vitorioso como fatores decisivos para a contratação. Luxemburgo se enquadra no perfil. Mas Dunga também seria um nome bem aceito entre dirigentes gremistas.
"Não falamos com nenhum treinador, com nenhum representante", insistiu Pelaipe, que admitiu ter "um nome na cabeça", a ser analisado pelo presidente Paulo Odone e seus diretores mais próximos. Luxemburgo passou o dia pescando na região de Foz do Iguaçu e poderia definir a situação quando chegasse ao hotel, à noite.
Caio Júnior dirigiu o Grêmio por apenas 48 dias e oito jogos. Neste período venceu quatro partidas, perdeu três e empatou uma. O trabalho começou a ser criticado quando o time empatou por 2 a 2 contra os reservas do Internacional no dia 5 de fevereiro e passou a ser contestado depois da derrota para o São José, por 2 a 1, no último sábado, pelo Campeonato Gaúcho.
Como terminou a fase classificatória da competição com apenas 13 pontos, conseguiu a classificação para as quartas de final como quarto colocado do Grupo 2. E isso só foi possível porque o Cruzeiro perdeu seis pontos pela escalação irregular do atacante Jô contra o Santa Cruz.
Além de esconder a busca pelo novo treinador, Pelaipe evitou entrar em detalhes sobre a saída de Caio Júnior. "O Grêmio não estava produzindo", esquivou-se. "Quando as coisas não dão certo, o clube não pode mudar todos os atletas".
O Grêmio terá de vencer o rival Internacional nesta quarta-feira, no Beira-Rio, para se classificar para as semifinais do primeiro turno do Gaúcho. A missão de dirigir o time foi confiada a Roger Machado, que foi lateral-esquerdo do período mais vitorioso do clube, na década de 90.