A confusão que marcou o confronto entre Vasco e Corinthians, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, fez com que a Polícia Militar do Distrito Federal agisse. As arquibancadas do estádio Mané Garrincha foram palco de uma briga entre torcedores organizados das duas equipes no intervalo da partida. Como resultado, diversos feridos entre vascaínos, corintianos e policiais.
A principal justificativa encontrada para a confusão foi a venda de ingressos sem separação de torcidas no estádio, como admitiu o secretário-adjunto de Segurança Pública do Distrito Federal, Paulo Roberto Oliveira. Por isso, a polícia militar prometeu mudanças, que serão adotadas ainda neste Campeonato Brasileiro. Para começar, a venda de ingressos com separação entre as torcidas adversárias.
As torcidas com histórico de brigas também terão atenção especial da polícia. "Veio para brigar, vai assistir o jogo confinado, com policial do lado", disse o comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jooziel de Melo, em entrevista à TV Globo. Após a partida, o Paulo Roberto Oliveira concedeu entrevista coletiva na qual não poupou críticas à torcida Gaviões da Fiel, que, segundo ele, descumpriu um acordo assinado antes do jogo, no qual se comprometia a não sair do lugar reservado a ela e não começar nenhuma confusão.
De acordo com Jooziel de Melo, no entanto, esta briga já vinha sendo arquitetada pelas organizadas muito antes da partida. "Vimos na internet que eles pediram para integrantes das próprias torcidas não trazerem crianças nem mulheres. Então eles vieram com ânimo para brigar", comentou.
Estádio construído para a Copa do Mundo do ano que vem, o Mané Garrincha não conta com barreiras físicas para separação de torcidas, o que facilitou a confusão no domingo. Para as próximas partidas, a ideia é fazer um cordão de isolamento com as tropas de choque da polícia para impedir que novos tumultos sejam iniciados.