O técnico Carlo Ancelotti afirmou que é inocente da acusação de fraude fiscal nos anos de 2014 e 2015. A Procuradoria de Madri pede quatro anos e nove meses de prisão para o italiano, que explicou o caso após o empate entre Real Madrid e RB Leipzig pela Liga dos Campeões.
"Essa é uma história antiga, que começou há oito anos, onde o Ministério Público acredita que eu era residente e eu acredito que não era um residente", disse Ancelotti, ao streaming espanhol Movistar +.
"Já paguei a multa, o dinheiro já está na promotoria. Os advogados estão discutindo para encontrar uma solução. Estou convencido de que sou inocente, que não era residente em 2015, eles [Ministério Público espanhol] acham que sim. Vamos ver o que o juiz decide", complementou.
Ancelotti é acusado de dois crimes contra a Fazenda Pública por não declarar rendimentos provenientes de seus direitos de imagem. Ele também omitiu nas suas declarações a titularidade de dois imóveis localizados fora da Espanha.
O treinador teria transferido seus direitos de imagem para entidades sem atividade real e domiciliadas fora de Espanha. A ação buscaria evitar o pagamento de impostos sobre esses rendimentos.
Mesmo que Ancelotti seja condenado, na prática, este tipo de caso nunca termina com prisão efetiva do acusado. Mesmo que não haja acordo com o Ministério Público, o pagamento antecipado da dívida implica uma redução da pena que permite a sua suspensão.