O governo do Distrito Federal vai reforçar a segurança para os eventos do 7 de setembro e deter manifestantes que estiverem mascarados ou escondendo o rosto e recusarem a se identificar, medida já adotada em outros estados do País. Somente da Polícia Militar haverá um aumento de 4 mil homens para atuar no desfile, no jogo Brasil e Austrália, em shows que ocorrerão na Esplanada dos Ministérios e nos protestos.
O confronto da seleção brasileira com os australianos está marcado para acontecer às 16h15 deste sábado, dia para o qual a PM-DF estima que entre 40 mil e 50 mil pessoas participem das manifestações de rua. O secretário de Segurança, Sandro Avelar, afirmou que será pedida a identificação de quem estiver de máscara ou cobrindo o rosto de alguma forma. "Vão ter que se identificar ou serão retirados, será uma detenção para averiguação", disse, ressaltando que a Constituição vedaria o anonimato em manifestações.
Segundo ele, informações dos serviços de seguranças apontam que haverá infiltração de pessoas nos protestos com a intenção de promover depredações e outros atos de violência. O comandante-geral da PM-DF, Jooziel Freire, afirmou que a tropa agirá "com rigor" para coibir manifestações violentas. Disse que dentro e ao redor do Estádio Mané Garrincha o efetivo estimado é de 2 mil homens. Dentro do estádio haverá ainda 800 seguranças de empresa privada contratada pela CBF.
O secretário Sandro Avelar confirmou que há informações de que manifestantes iriam para o jogo e tentariam permanecer no estádio após a partida, mas já alertou que, se isso ocorrer, eles serão retirados à força. Na Esplanada dos Ministérios, aproximadamente 1,4 mil policiais militares acompanharão o desfile - que será realizado pela manhã e terá a presença da presidente Dilma Rousseff - e as manifestações previstas ao longo do dia. Haverá ainda mais homens de prontidão, totalizando o efetivo de 4 mil anunciado.
MASCARADOS - A ofensiva contra mascarados e pessoas que tapam o rosto já causou polêmica em outros Estados e será adotada pela primeira vez no Distrito Federal. A argumentação é que essas pessoas utilizam o anonimato para promover atos de vandalismo. O secretário de segurança do DF afirmou que não há objetivo de coibir os protestos em si. Ressaltou, inclusive, que até sua filha, de 14 anos, deseja participar das manifestações. "O que queremos é apenas tudo acontecendo em paz", afirmou.