A diretoria do São Paulo falou abertamente pela primeira vez sobre a possibilidade de vender Rodrigo Caio na próxima janela de transferências para a Europa. Em evento no Morumbi na manhã desta quinta-feira, o presidente Carlos Miguel Aidar afirmou estar ciente de que o Atlético de Madri (ESP) fará investidas pelo zagueiro, mas avisou que só aceita conversar com propostas acima de 20 milhões de euros (cerca de R$ 67,8 milhões).
- Soube da sondagem do Atlético de Madri através do staff do jogador. Ainda não chegou nada escrito. E, se chegar, vamos contrapropor outro valor. Por 15 milhões de euros (R$ 50,7 milhões) não vendemos o Rodrigo Caio. A proposta não veio. Só a notícia de que o Atlético tem interesse. Temos a informação verbal, não por escrito. 15 milhões é um bom valor? É! Mas ano passado tínhamos conversas com o Monaco (FRA) de 20 milhões - ressaltou Aidar.
O presidente são-paulino é, inicialmente, irredutível quanto aos valores que serão exigidos aos interessados por Rodrigo. E essa postura é mantida mesmo com o retorno recente do camisa 3 após grave lesão no joelho esquerdo em agosto de 2014 e o déficit de mais de R$ 100 milhões registrados no balanço financeiro do clube referente ao ano passado e publicado nesta quinta em O Estado de S. Paulo.
- Ele teve a infelicidade de se contundir, e naquele momento as negociações cessaram com o Monaco, porque não sabia a gravidade da lesão e o tempo de recuperação. Hoje ele já está se recuperando, integrado ao grupo, atuando em partidas. Existe essa sondagem, mas por menos de 20 milhões de euros não vamos conversar - reafirmou.
Rodrigo Caio foi promovido ao elenco profissional do São Paulo no primeiro semestre de 2011, sob o comando de Paulo César Carpegiani. O garoto revelado no CFA Laudo Natel, em Cotia, é empresariado pelos ex-jogadores Luizão e Deco, braços do agente português Jorge Mendes, que trabalha com Cristiano Ronaldo na Europa.