A bronca de Carlos Miguel Aidar contra José Francisco Manssur, ex-assessor da presidência do São Paulo e braço direito de Juvenal Juvêncio, que pode levar o clube a romper com uma empresa que presta serviços jurídicos ao time do Morumbi. Isso porque Manssur é um dos sócios da AMVO e tem tirado o mandatário do sério durante a crise política que tem bagunçado os bastidores do Tricolor.
Na entrevista coletiva convocada às pressas na tarde da última segunda-feira, Aidar afirmou respeitar muito o profissional e a pessoa Carlos Eduardo Ambiel, um dos sócios da AMVO. O presidente são-paulino, no entanto, avisou ao colega de profissão que a parceria com o clube pode ser encerrada caso a sociedade com Manssur não seja desfeita no negócio envolvendo os tricolores.
- Já falei com o Carlos Eduardo Ambiel, um dos melhores advogados desportivos deste País. E eu o formei como profissional. Ele presta serviços ao São Paulo, mas tem aquele cidadão como sócio. Eu não gostaria de suspender esse serviço, mas se continuar tendo ele como sócio, acabou - sentenciou.
A inimizade com Manssur ganhou força no episódio em que Aidar decidiu afastar a filha Mariana do cargo de assessora de presidência após acusações de que receberia comissão em negociação de atletas. O mandatário nunca falou o nome de Manssur ao comentar o caso, mas sabe-se que ele desconfiava do aliado de Juvenal. No caso da namorada Cinira Maturana, também sobre comissões em negócios com o clube, a desconfiança recaiu novamente sobre o inimigo.
Do escritório AMVO, o São Paulo encontrou em Gustavo Oliveira peça importante para o funcionamento do departamento de futebol desde o fim do ano passado. O sobrinho do ídolo Raí trabalhava no local e auxiliou o São Paulo em negócios desde 2007 até ser convidado para assumir o posto de gerente-executivo, um cargo remunerado na diretoria.
O presidente Carlos Miguel Aidar, também advogado, possui um dos maiores escritórios de advocacia do País. Ele chegou a exibir uma revista que incluiu a Aidar SBZ entre as grandes empresas do ramo durante a coletiva de imprensa no Morumbi para dizer que não está no comando do clube para brincadeiras. Depois, reclamou do apego ao poder e do ciúme que viria de Juvenal, Manssur e outros inimigos políticos.