Futebol

Adriano pode pegar até um ano de prisão

15 nov 2012 às 17:26

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, na quarta-feira (14/11), o jogador Adriano Leite Ribeiro e o ex-Policial Militar Júlio Cesar de Oliveira por lesão corporal em razão do tiro que feriu um dedo da mão esquerda de Adriene Cyrilo Pinto, disparado dentro do carro do jogador, no dia 24 de dezembro do ano passado. A denúncia foi oferecida pelo Titular da Promotoria de Justiça Márcio Almeida Ribeiro da Silva ao 9º Juizado Especial Criminal (IX Jecrim) da Capital - Regional Barra da Tijuca.

O fato ocorreu na Avenida das Américas, próximo ao InfoBarra, após Adriano e Júlio Cesar deixarem uma boate em Jacarepaguá, acompanhados de outras quatro mulheres convidadas para irem até a casa do jogador. De acordo com a denúncia, Julio Cesar carregava uma arma de fogo, registrada em seu nome, da marca Taurus, tipo pistola, calibre 40, o que era de conhecimento de Adriano.


Ainda segundo a denúncia, os acusados deixaram de observar o dever mínimo de cautela e criaram o risco da ocorrência de lesão corporal no momento em que Julio Cesar se omitiu do dever de cuidar da guarda da arma e permitiu que fosse manuseada por Adriano no interior do veículo, sem que o jogador possuísse habilidade técnica para tal. Adriano teria exibido a arma para os ocupantes do veículo, puxou o ferrolho da pistola, tirou o carregador com munições e, imprudentemente, entregou a arma nas mãos de Adriene. "Inerte diante das 'brincadeiras' feitas pelo denunciado Adriano com a arma de fogo, o primeiro denunciado Julio, permaneceu negligenciando o risco de lesão que tal comportamento poderia causar", descreve o texto da denúncia.


Em seguida, a vítima entregou a pistola nas mãos de Adriano, que, "inábil e sem adotar qualquer cuidado", repentinamente disparou a arma e atingiu, com um único projétil, o dedo indicador da mão esquerda da vítima. Adriene sofreu lesões que resultaram na necessidade de reconstrução da falange do dedo indicador esquerdo, através de transplante ósseo, revascularização e diversas intervenções realizadas em duas cirurgias.


Os denunciados vão responder pelo art. 129, parágrafo 6º combinado com o art. 13, parágrafo 2º, alínea C, ambos do Código Penal. As penas previstas variam de dois meses a um ano de prisão.


A Justiça já marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 13 de dezembro, às 13h, no IX Jecrim.

(com informações do Ministério Público do Rio de Janeiro)


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