Futebol

Adriano nega ter dado moto para mãe de traficante

25 mar 2010 às 17:26

O atacante Adriano, do Flamengo, prestou depoimento nesta quinta-feira na 22.ª Delegacia de Polícia da Penha, no Rio, depois de ter sido acusado de presentear com uma moto, de valor aproximado de R$ 35 mil, a Marlene Pereira de Souza, mãe de Paulo Rogério de Souza, o Mica, apontado como um dos chefes do tráfico de drogas na favela da Chatuba, também localizada na capital carioca.

De acordo com o delegado titular da delegacia, Jader Amaral, Adriano confirmou a compra da moto, "mas não sabia em momento algum que essa moto foi emplacada em nome da dona Marlene".


"Ele disse que essa moto foi emplacada sem autorização dele", afirmou Amaral, lembrando que o jogador não foi indiciado e que, "teoricamente, não existe associação (do atacante) com o tráfico". "Em princípio, estou satisfeito com as declarações dele", ressaltou.


Em seu depoimento, Adriano admitiu ser amigo de infância de Mica, mas negou que tenha o ajudado com algum tipo de favor. O jogador também admitiu que autorizou um antigo amigo, Marcos José de Oliveira, o Marquinhos, a usar um cartão de crédito pessoal para comprar uma outra moto para uso do próprio atleta na Vila Cruzeiro, favela na qual o jogador cresceu e onde é considerado mais perigoso circular de carro.


Uma moto de cor preta seria um presente para Marquinhos, enquanto uma outra, vermelha, seria para uso de Adriano, segundo o jogador teria relatado no depoimento que prestou nesta quinta-feira.


O delegado Jader Amaral ainda explicou que está investigando como a moto foi emplacada no nome de Marlene Pereira de Souza, que é analfabeta e não poderia ter assinado o documento que garantiu o emplacamento de uma das motos em seu nome. Amaral disse que acionará o Detran para descobrir quem assinou o documento, já que Adriano também garante não ter autorizado a assinatura ou assinado o documento para o emplacamento da moto.

Um dia antes de Adriano ir até a delegacia para se explicar, Marquinhos prestou depoimento na polícia e afirmou que vendeu a moto vermelha para comprar peças para a sua van. A moto, que foi registrada no nome de Adriano, hoje é dada como roubada pela polícia.


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