O diretor de futebol do Flamengo, Zinho, confirmou nesta terça-feira o fim esperado para o contrato entre o clube e Adriano: o rompimento de uma relação que não teve sucesso. O atacante, que já não recebia salários, sequer compareceu ao Ninho do Urubu nesta tarde para dar explicações e se despedir dos colegas que tanto o apoiaram.
O golpe de misericórdia na relação entre Flamengo e Adriano aconteceu na segunda-feira, quando Adriano divulgou nota oficial dizendo que não planejava mais jogar em 2012 e que sua reestreia no futebol ficaria para 2013. Como o contrato dele vai só até 22 de dezembro, ele, assim, não jogaria pelo Flamengo. E o clube também não tinha mais qualquer obrigação com o atacante, que receberia por jogo (não fez nenhum) e pelos direitos de imagem, vencimento ao qual já não tinha mais direito depois de tantas faltas injustificadas.
Zinho mostrou-se decepcionado com Adriano. O dirigente rubro-negro revelou ter sido surpreendido com o texto divulgado pelo jogador na segunda-feira. Desde quinta-feira Zinho sabia que o atacante não queria continuar na Gávea, mas esperava uma conversa entre as duas partes para encerrar o contrato.
"A divulgação dessa nota foi equivocada. O certo seria ele ter vindo aqui, bater um papo comigo e comunicar essa decisão. É inviável a permanência dele. No fim das contas, é bom para ele e para o Flamengo. Estamos desgastados com essa indisciplina", destacou o diretor Zinho, em entrevista coletiva nesta terça-feira.
Adriano precisou ir a uma audiência na Barra da Tijuca para tentar entrar num acordo sobre o caso do tiro disparado dentro do seu carro e que feriu uma mulher, no fim do ano passado. Ele sequer passou no Ninho do Urubu nesta terça e agora é esperado na quarta para pelo menos dizer ''tchau''.
"Pelas próprias declarações dele, ele não é mais jogador do Flamengo. A gente esperava que ele viesse aqui hoje (terça). Eu queria que ele estivesse aqui falar comigo e explicasse o que o levou a tomar essa decisão", reclamou Zinho.
O dirigente, que também já foi jogador de futebol, ressaltou que o clube deu todas as oportunidades para que ele se recuperasse, mas o Adriano não conseguiu. "Eu, como pessoa e fora do clube, vou continuar insistindo no Adriano, para recuperar o ser humano. Como diretor de futebol, chegou meu limite, não dou mais apoio a ele", sentenciou.