As reuniões entre a Polícia Militar e as torcidas organizadas, antes do principais clássicos do futebol paranaense, reduziu drasticamente o número de ônibus depredados por torcedores após as partidas.
Segundo dados fornecidos pela Urbs, empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba, de janeiro a setembro deste ano, foram destruídos 57 ônibus após os jogos de futebol. Em todo o ano passado o total de ônibus destruídos tinha sido de 230 veículos e em 2000 foram 336.
"Esta redução se deve a uma ação conjunta entre a Polícia Militar, as torcidas organizadas e os clubes", comemorou o capitão César Alberto Souza, do setor de planejamento do Comando de Policiamento da Capital.
As torcidas organizadas de Coritiba e Paraná Clube se reuniram nesta sexta-feira com a Polícia Militar com o objetivo de tornar o clássico de domingo o mais pacífico possível. Os representantes dos clubes gostariam que a PM abrandasse as normas de segurança para este jogo. A proposta não foi aceita.
Segundo o capitão César existem normas em vigor, estabelecidas pela Secretaria de Segurança Pública e os clubes. "Desde fevereiro do ano passado utilizamos um esquema elaborado em conjunto e não é possível alterá-lo de uma hora para outra. Assim, continuam proibidas as faixas, instrumentos musicais e as camisas de torcidas organizadas", afirmou o oficial da PM.
Um dos pontos acertados na reunião foi que a venda de ingressos para a torcida do Paraná Clube não acontecerá no Estádio Couto Pereira. Os paranistas que quiserem ir ao jogo devem comprar antecipadamente os ingressos nas sedes do clube, até às 12 horas de domingo. A PM fará um cordão de isolamento nos acessos dos torcedores do Paraná ao redor do Estádio Couto Pereira, só deixando passar quem tiver o ingresso. A carga de ingressos para esta partida será de 20 mil ingressos, cabendo 10% ao Paraná Clube.
A Urbs voltou a reafirmar que a circulação de torcedores com camisas de clubes no transporte coletivo no domingo está proibida. A fiscalização ficará a cargo da Guarda Municipal.