Dunga já disputou a Copa do Mundo três vezes na carreira, todas como jogador. Agora, enfrenta um novo desafio, no papel de treinador da seleção brasileira. E, mesmo com toda a experiência, ele admite que sente um "frio na barriga" antes da estreia no Mundial da África do Sul, que acontecerá nesta terça-feira, quando o Brasil enfrenta a Coréia do Norte em Johannesburgo.
"Amanhã é a estreia, e tem sempre aquele frio na barriga", revelou Dunga, nesta segunda-feira, durante a entrevista coletiva oficial da Fifa, após o treino de reconhecimento da seleção no Estádio Ellis Park, onde acontecerá o jogo desta terça. "Nosso tempo na seleção passa rápido. Já são quase quatro anos no cargo e sempre tem o gostinho de quero mais."
Apesar da ansiedade pelo começo da competição, ele explicou que está tranquilo com o trabalho que foi feito. "Nos preparamos da melhor maneira possível, agora é o jogo. O campo não mente, sempre diz a verdade", afirmou Dunga, consciente de que o sucesso do seu trabalho de quase quatro anos na seleção será medido pelos resultados na Copa.
Como treinador da seleção brasileira, Dunga reconheceu que a responsabilidade e a cobrança são bem maiores do que quando era jogador. "Mas, quando você realiza o objetivo, a satisfação é dobrada", explicou ele, feliz pela chance de disputar mais uma Copa do Mundo na carreira. "Sou uma pessoa afortunada por estar aqui representando meu País."
Durante a coletiva, Dunga também comentou sobre a Coreia do Norte. "É um time compacto, que se fecha atrás e sai em velocidade", avaliou o treinador, enaltecendo o crescimento do futebol asiático nos últimos anos e prometendo respeito a todos os adversários. "Para mim, todas as 32 seleções que estão aqui têm condições (de vencer)."