A chegada da delegação brasileira à capital Harare, no Zimbábue, nesta terça-feira, foi marcada por confusão no saguão do Hotel Rainbow. Cerca de 250 pessoas aguardavam a seleção de Dunga em meio à gritaria e corre corre, na véspera do penúltimo amistoso do Brasil antes da Copa do Mundo.
A seleção desembarcou em Harare por volta das 21h40 (horário local), após um voo de 1h20 direto de Johannesburgo, na África do Sul. O ônibus foi escoltado por batedores em motos, viaturas e pick ups com policiais armados. Uma limusine branca com as bandeiras do Zimbábue acompanhou a escolta no trajeto de menos 30 minutos por vias largas todas sem qualquer iluminação.
Na chegada ao hotel, uma confusão tomou conta do saguão, tomado por pelo menos 250 pessoas. Havia um frisson no local. Entre a grande porta de vidro de entrada até o acesso aos elevadores havia um corredor polonês formado por seguranças para proteger os jogadores brasileiros.
No momento em que os atletas desceram do ônibus, o corredor se afunilou em função da pressão dos curiosos. Houve gritaria. Pessoas subiram nos sofás, passando por cima de vasos e cadeiras. Um senhor, vestido como um feiticeiro com enfeites na cabeça, dorso nu com direito a um slogan "Kaká 10" pintado de branco nas costas, fez de tudo para se aproximar do atleta. O ídolo apenas abriu os braços e foi saudando com as mãos quem conseguiu furar o bloqueio.
O clima esquentou quando o corredor polonês se desmanchou. Encurralados no saguão de acesso aos elevadores, os jogadores sentiram medo e pediram a proteção da polícia militar local. E, em menos de dez minutos, cada um conseguiu chegar ao seu quarto.
A seleção brasileira enfrentará a equipe de Zimbábue, no Estádio Nacional de Harare, às 10h30 (horário de Brasília), no penúltimo amistoso antes da estreia na Copa do Mundo. No dia 7, o Brasil joga contra a Tanzânia.