Na noite desta quarta-feira (25) Florinda Meza, que está no Brasil, visitou os estúdios do SBT, em São Pulo, e concedeu a primeira entrevista desde a morte de seu marido, Roberto Gómez Bolaños, criador das séries "Chaves" e "Chapolin", que faleceu em novembro do ano passado.
A atriz interpretou a "Dona Florinda" em "Chaves" e foi casada com Bolaños por 37 anos. Durante sua participação no "Programa do Ratinho", no SBT ela revelou alguns detalhes da intimidade do casal, e comentou sobre o tempo que ficaram separados. "Ele saiu de casa porque se sentiu pressionado por filhos, ex-mulher, imprensa. E, quando ele quis voltar, eu já não o queria mais. Fui dar aula de dança, e a empregada o deixou entrar. Quando voltei para casa, encontrei um caminho de flores. Na minha cama, estava escrito 'eu te amo'", revelou emocionada.
Florinda também contou sobre as "investidas" de Rubén Aguirre, o professor Girafales na série. "Eu era uma jovem atrativa, bonitona. Todos davam em cima e não só o Roberto", afirmou a atriz.
A mexicana também respondeu aos questionamentos sobre câmeras instaladas no túmulo de seu marido. "Não é verdade", rebateu ela, que afirmou que as câmeras já existiam e que são várias espalhadas pelo cemitério. Florinda também garantiu que nenhuma visita está proibida, é preciso apenas se identificar na entrada, inclusive fãs estrangeiros.
Questionada sobre o que fará com a casa em que o casal vivia em Cancún, ela explicou: "Ainda moro lá, mas quero vender, porque é muito grande para mim. Na verdade, queríamos vender bem antes, pois os filhos já eram grandes e não nos visitavam tanto. Adiamos a venda porque eu estava envolvida com os cuidados à saúde de Roberto".
Florinda foi Vítima de diversas acusações de outros integrantes da série. Maria Antonieta de las Nievas afirmou que a atriz foi amante de Bolaños e Carlos Villagrá, o Quico. E Rubén Aguirre, declarou que Bolaños a "endeusava".
"No caso da Maria Antonieta de las Nieves, eu a considero uma grande companheira. Não posso dizer uma grande amiga, porque eu era mais próxima dos outros, mas era uma grande companheira. Eu não tenho nenhuma queixa. Se eles disseram algo, pois ponham em dúvida também a quem comenta. A imprensa não é muito verdadeira, mente muito para criar polêmica", se defendeu Florinda.
Ao ser questionada sobre a superação da morte do marido, Florinda se emocionou: "A verdade é que não me recupero! Olha, uma perda tão grande como essa, com outras pessoas, eu duvido muito que possam superá-la. O que eu posso fazer é sobreviver. Nós éramos um só! Tenho 66 anos, convivi 45 anos com ele, sendo 40 juntos, passei toda minha vida, praticamente, com ele! Como posso superar isso? Tenho uma profissão de atriz que me permite controlar as emoções. Fico imaginando quem não tenha...".