Teatro

"Uma Onda no Ar" estréia sexta na Cinemateca

23 jul 2003 às 17:25

O filme Uma Onda no Ar (2002), do diretor Helvécio Ratton, estréia nesta sexta-feira na Cinemateca de Curitiba, com sessões às 17 e 21 horas. O filme é inspirado na história da Rádio Favela, criada nos anos 80 por jovens negros em uma grande favela de Belo Horizonte.

Com uma programação corajosa e uma linguagem espontânea, a rádio conquistou um grande número de ouvintes e repercutiu muito além do alcance de suas ondas. Reprimida por 20 anos, conquistou audiência no morro e no asfalto e acabou transformando-se em rádio educativa.


Em Uma Onda no Ar, fatos verdadeiros se misturam aos imaginários e os personagens cinematográficos se inspiram, com liberdade, nos personagens reais. Jorge, o líder da rádio, é preso e, na cadeia, conta aos outros presos a história da rádio.


O filme volta no tempo. No alto do morro, quatro jovens amigos, Jorge, Brau, Roque e Zequiel sonham criar uma rádio que seja a voz da favela a gritar para o mundo.


O filme recebeu o prêmio da Organização Católica Internacional de Cinema para pós-produção "pela qualidade e criatividade no uso da linguagem cinematográfica e por promover a cultura da vida, valores cristãos, direitos humanos, cultura da paz e desenvolvimento humano".


Sobre Uma Onda no Ar, o diretor Helvécio Ratton disse que buscou fazer um filme que dialogasse com a sociedade sobre as questões mais urgentes do país.


Segundo ele, o filme aborda temas como desigualdade social, racismo, violência, democracia na comunicação. "Mas ao contrário de outros filmes brasileiros, Uma Onda no Ar abre uma janela para a esperança", completa o diretor.


O diretor Helvécio Ratton estreou na direção filmando em um hospício o documentário Em Nome da Razão. Dirigiu os infantis A Dança dos Bonecos e O Menino Maluquinho e a comédia de costumes Amor & Cia, em que trouxe para o cinema a crítica social e o humor fino do escritor português Eça de Queiroz.

Uma Onda no Ar foi premiado nos festivais de Las Palmas (Espanha), Miami (Estados Unidos) e no Festival du Cinéma Brésilien de Paris. No Festival de Gramado, recebeu o Prêmio Especial do Juri e o prêmio de melhor ator, para Alexandre Moreno.


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