Teatro

O Bêbado volta ao Lala Schneider

06 jul 2006 às 17:28

O espetáculo humorístico O Bêbado, do ator e diretor paranaense Fábio Silvestre, voltou ao palco do teatro Lala Schneider, onde estreou, em março de 2003, e permaneceu em cartaz durante uma longa temporada. A peça reestréiou no último sábado, dia 1.º de julho. Atualmente, Silvestre apresenta a sua comédia também em São Paulo, no teatro Crowne Plaza.

Em Curitiba, O Bêbado já foi vista por cerca de 25 mil pessoas. Na peça, Fábio Silvestre exibe alguns de seus melhores personagens, como o pastor João Jonas, o travesti Rebeca e o ex-ator pornô Paulo Peroba. As apresentações acontecem sempre aos sábados e domingos, às 21 horas, até 30 de julho. Os ingressos custam R$ 20, R$ 15 (com bônus) e R$ 10 (estudantes, classe artística e pessoas acima de 65 anos). Mais informações pelo telefone (41) 3232-8108.


Serviço:


O Bêbado, com Fábio Silvestre.
Teatro Lala Schneider (Rua Treze de Maio, 629), (41) 3232-8108.
Sempre aos sábados e domingos, às 21 horas. Direção de Fábio Silvestre.
R$ 20, R$ 15 (com bônus) e R$ 10 (estudantes, classe artísticas e pessoas acima de 65 anos). Comédia. Até 30 de julho.


Sobre a peça


Numa mesa de bar, um homem embriagado narra suas histórias a um interlocutor imaginário, a quem ele chama de "doutor". Nessa longa conversa, o bêbado — personagem criado e interpretado pelo ator, diretor e humorista paranaense Fábio Silvestre — discorre, de modo quase delirante, sobre uma variedade enorme de assuntos: futebol, casamento, Shakespeare, alcoolismo e até sobre o Programa Brasileiro do Álcool.


A cada caso contado, a cada idéia exposta, entra em cena um novo personagem de Silvestre. Rebeca, um travesti do interior, dá uma palestra para a associação de moradores de um bairro; o ex-ator pornô Paulo Peroba, em depoimento ao Alcoólicos Anônimos, fala sobre sua impotência sexual; e o pastor João Jonas ensaia, com o público, a criação de uma poderosa corrente redentora.


Mesclando comédia, poesia e até uma pequena dose de drama, Fábio Silvestre criou, com O Bêbado, uma peça que explora, de maneira simples e direta, uma série de possibilidades dramatúrgicas e interpretativas que permitem à platéia apreciar um espetáculo inteligente e dinâmico, apesar do cenário estático em que se desenrola.


Sobre a produção


Quando concebeu a peça O Bêbado, o ator, diretor e humorista Fábio Silvestre sabia que o seu projeto não se enquadraria, de forma alguma, na categoria das superproduções. Tudo teria que ser calculado na ponta do lápis. Feitas as contas, entre figurinos, cenários e divulgação, ele acabou torrando R$ 45. Desse total, R$ 40 foram gastos em um brechó, na compra de um terno cinza. No mesmo local, adquiriu um par de sapatos pretos, por R$ 3. Os sapatos precisaram passar por uma revisão no sapateiro, e lá se foram mais R$ 2. E mais nada. Todo o resto da peça foi feito com material reaproveitado ou emprestado de amigos e apoiadores.


Para o público, a simplicidade da montagem teria que ser compensada pelo talento do ator que, sozinho, ocuparia o palco durante uma hora, e pela qualidade do texto que sustentaria o espetáculo. Acabou dando certo. A estréia de O Bêbado aconteceu no teatro Lala Schneider, em março de 2003. Foram dois fins de semana de sucesso. Seguiram-se 17 novas temporadas, com 139 apresentações. Revezaram-se mais de 25 mil espectadores, que fizeram da peça um dos maiores fenômenos de popularidade da história do teatro paranaense.

Em seu quarto ano de êxito, O Bêbado acrescenta várias novas temporadas ao seu currículo. Uma em São Paulo, todas as quartas-feiras de junho e julho, no Teatro Crowne Plaza. Simultaneamente, em julho, o Lala, em Curitiba, volta a receber Fábio Silvestre, sempre aos sábados e domingos. E, para o fim do ano, uma temporada carioca está sendo planejada.


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