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Forró adolescente

Rodrigo Juste Duarte
30 jul 2001 às 17:25

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Falamansa faz show em Curitiba e Londrina neste fim de semana - Divulgação
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O crescimento do forró universitário tornou-se um fenômeno. Antes restrito a bailes freqüentados por adolescentes de classe média, o estilo chegou à grande mídia, fazendo com que o mercado fonográfico aposte em dezenas de lançamentos, seja de grupos novos ou veteranos. Muito disso deve-se ao sucesso da banda Falamansa, que já chegou à marca de 1,4 milhão de cópias vendidas de seu primeiro CD, "Deixa Entrar...".
De olho na nova onda, o Centro de Eventos Maracaju, em Londrina, e o Moinho São Roque, em Curitiba, reservaram as noites de sexta e sábado, para promover grandes festas nordestinas. Em Londrina, o forró com a banda Falamansa acontece no dia 3 de agosto, e conta com a presença da banda Candés.
Em Curitiba acontece a festa conhecida como Mega Forró Universitário no dia 4 de agosto. No elenco está o já citado Falamansa. O maior nome do forró pé-de-serra atual estará desfilando as canções de seu álbum de estréia. Entre os hits estão "Rindo À Toa" e "Xote das Meninas". No repertório, há também interpretações de músicas consagradas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Trio Nordestino. Para abrir a noite, estarão as bandas locais Anauê e Papel Bordado.
A história do Falamansa teve início em 1996, quando Ricardo Cruz (Tato) saiu de Piracicaba para cursar publicidade na universidade Mackenzie, em São Paulo. Passou a freqüentar bailes de forró após uma viagem a Itaúnas, no Espírito Santo, berço da recente onda de forró universitário. Em casa, compunha algumas músicas no melhor estilo Luiz Gonzaga.
Quando abriram-se as inscrições para o 3º Festival de Música do Mackenzie, inscreveu uma delas, "Asas", mesmo sem ter uma banda formada. Dos 160 inscritos, o Falamansa ficou entre os 20 classificados. Em pouco tempo reuniu músicos para executar a canção ao vivo. Convocou o amigo Douglas Capalbo (Alemão), um zabumbeiro que conheceu no KVA, um centro cultural onde ambos realizavam discotecagem de forró. Por indicação de Alemão, foi chamado o triangleiro André Canonico (Dézinho). Fechavam o time o baixista Augustinho e a flautista Lígia Tozello.
Com apenas duas tardes de ensaio, "Asas" tirou segundo lugar na categoria música própria. Este foi o grande incentivo para que a banda continuasse a tocar. No entanto, o baixista e a flautista deixaram o grupo, pois tinham outros projetos em andamento. Para dar a base rítmica perdida com as duas saídas, entrou o sanfoneiro Valdir do Acordeon, renomado instrumentista que já foi músico de apoio de Oswaldinho do Acordeon e Lecy Brandão. Assim estava fechada a formação até então clássica do Falamansa, com quatro instrumentos clássicos do forró: triângulo, zabumba, triângulo e violão.
Entre os dias 15 e 24 de julho, o grupo esteve em estúdio gravando seu próximo CD. Antes mesmo de seu segundo álbum ser lançado, o grupo continua colhendo louros de seu disco de estréia. O videoclipe "Rindo à Toa / Xote Das Meninas" está concorrendo ao troféu VMB (Video Music Brasil) da emissora MTV na categoria Revelação.
Serviço:
Falamansa e banda Candés

Data: 3 de agosto, sexta
Horário: 22h
Local: Centro de Eventos Maracaju
Endereço: Av. Arthur Thomas esquina com Av. Tiradentes
Mega Forró Universitário
Falamansa, Anauê e Papel Bordado
Data: 4 de agosto, sábado
Local: Moinho São Roque
Endereço: R. Westphalen, 4.000
Horário: 22h30
Entrada: R$ 12 (antecipado para os mil primeiros), R$ 15 (antecipado, depois dos mil primeiros) e R$ 20 (na portaria)
Informações: 41 333-3964
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