Conhecido mais por sua verve literária, o escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo também é dotado de um talento excepcional em outro campo artístico: a música. Há alguns anos, divide seu tempo entre as letras e as notas musicais. É saxofonista do Jazz 6, grupo de música instrumental que deixa implícito no nome o estilo musical que executa. Este sexteto faz uma visita a Curitiba neste final de semana, onde tem agendadas duas apresentações no Teatro Paiol: sábado às 21h e domingo às 20h. Os ingressos já estão à venda e é bem possível que se esgotem rapidamente. Portanto, vale o conselho de comprá-los antecipadamente na bilheteria do teatro.
Formado em 1995, o Jazz 6 conta, além de Luis Fernando Veríssimo, com os músicos Jorge Gerhardt (contrabaixo), Adão Pinheirinho (piano), Geraldo Schuler (sax tenor e flauta), Luiz Fernando Rocha (trumpete e flugelhorn) e Gilberto Lima (bateria). Encontram-se em fase de lançamento de seu segundo CD, "Speak Slow", lançado pela gravadora gaúcha Kives. Nele figuram canções de mestres do jazz, como George Gershwin ("Love is here to stay"), Duke Ellington ("A Train") e Kurt Weill ("Speak slow"), entre outros compositores americanos.
Saber que Veríssimo possui uma banda de jazz é sempre uma surpresa para a maioria dos brasileiros que o conhecem como autor de obras impagáveis e muito bem sacadas da literatura brasileira, como "O Analista de Bagé", "Ed Mort" e "A Comédia da Vida Privada". Porém, o contato com a música esteve presente em toda fase adulta de sua vida. Aos 18 anos (hoje ele tem 65) tentou a carreira de músico profissional tocando sax. Foi bem sucedido, chegando a ser chamado de "o segundo Paderewski", uma referência a um famoso compositor polonês. Até já fez parte da Muda Brasil Jazz Band, ao lado dos irmãos Caruso.
No entanto, o papel e a caneta foram suas prioridades. É bastante provável que seu pai, o também escritor Érico Veríssimo, tenha exercido influência em sua vida profissional. Além dos títulos já citados, Veríssimo possui mais de 50 livros publicados, entre trabalhos próprios e participações em coletâneas de contos. Publicou crônicas semanais em grandes veículos de imprensa (e ainda publica em alguns deles), que vão do Jornal do Brasil até a revista Playboy. Escreveu para programas de TV e até desenhava uma tira em jornais, chamada "As Cobras". Seu livro mais recente é "As Mentiras que os homens contam", uma coletânea de crônicas lançada em 2000.

Serviço:
Jazz 6
Local: Teatro do Paiol
Endereço: Praça Guido Viaro, s/n - Prado Velho
Datas e horários: 13 de abril (sábado) às 21h, e 14 de abril (domingo) às 20h
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes). Venda antecipada na bilheteria do teatro das 15h às 20h30
Informações: (41) 322-1525