A superficialidade das relações humanas e o consumismo que ela pode instigar como forma de suprir a carência emocional inspira o enredo da peça ''Os Super-Supérfluos'', produção independente do grupo BR3, que fica em cartaz nos dias 12, 13 e 14 de agosto (sexta a domingo), no Teatro Zaqueu de Melo.

Apesar do tema ''sisudo'', o espetáculo é uma comédia, que explorou na sua direção a linguagem das histórias em quadrinhos para proporcionar agilidade às esquetes.

No palco, quatro atores se dividem na interpretação de oito personagens que incluem um ator e dramaturgo que sonha em montar uma peça de teatro, mas não tem competência para realizá-la e uma aluna de jornalismo que precocemente já demonstra uma linha profissional sensacionalista. A busca solitária por afeto pela internet também é abordada na peça.

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As histórias se passam na pequena e pacata ''Londritown'', cidade fictícia que tem Londrina como sua principal referência. A avenida Paraná, os bares da cidade, e as milhares de quitinetes que abrigam os estudantes universitários passam a ser locais onde possivelmente cada uma das histórias poderiam ocorrer. ''Mostramos personagens urbanos, comuns, que qualquer um de nós poderia ser ou conhecer'', comentou Leonardo Leon, diretor da peça.

A peça também está sendo uma forma do grupo agregar novos integrantes, como Fillipe Câmara, 19 anos, filho do ator Lâzaro Câmara, que pela primeira vez sobe ao palco. Depois das apresentações no Zaqueu de Melo, o grupo deverá entrar em temporada na Escola Municipal de Teatro ou na Usina Cultural.

Serviço:
''Os Super-Supérfluos''
Peça com o grupo BR3
Datas e horários: sexta e sábado às 21h e domingo às 20h
Local: Teatro Zaqueu de Melo
Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (estudantes e aposentados) à venda no local
Ficha técnica: Leonardo Leon (direção, iluminação e sonoplastia), Pedro Fiori (texto e atuação). O elenco também é composto pelos atores Fillipe Câmara, Lauro Barros e Zé Rockenbach.
Duração: 55 minutos.