A 49ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo) chegou ao fim no domingo (27), após 17 dias de espetáculos, workshops, oficinas e apresentações. Com a reabertura do Cine Teatro Ouro Verde no fim do mês de junho, o festival registrou alta de aproximadamente 30% de número de público em relação ao ano passado. Este ano, aproximadamente 30 mil pessoas marcaram presença no Filo. No ano passado, o festival registrou cerca de 20 mil pessoas.
Após 17 dias de espetáculos, apresentações, oficinas e workshops, a 49ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo) chegou ao fim no domingo (27), com números bastante positivos, conforme o diretor do festival, Luiz Bertipaglia.
"Nós já tínhamos a expectativa de aproximadamente 30 mil espectadores, contando com os espetáculos de rua. A repercussão dos espetáculos foi muito boa e a composição dos horários ajudou bastante. Muitas pessoas conseguiram prestigiar mais espetáculos em um mesmo dia. Sucesso de público", comemora Bertipaglia.
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Toda a organização do Filo tinha expectativas muito boas em relação à qualidade dos espetáculos. "Embora já tivéssemos pensado na programação antes, a gente se surpreendeu ainda mais com o resultado. A programação foi muito bem recebida pelo público. É muito gratificante ver que a proposta que você fez deu certo", orgulha-se o diretor.
"Recebemos um feedback bastante positivo também. Muitas pessoas me pararam nas portas dos teatros agradecendo pelos espetáculos. Bateu o recorde de elogios, mas nossa meta é sempre melhorar", completa.
O espetáculo recorde de público foi 'Nelson Rodrigues por Ele Mesmo', apresentado pela grande atriz brasileira Fernanda Montenegro. 'Nelson Rodrigues por Ele Mesmo' não é um espetáculo teatral, mas uma leitura dramatizada do livro homônimo lançado por sua filha, Sônia Rodrigues. A obra traz uma compilação de crônicas e entrevistas do jornalista e dramaturgo brasileiro. Em dois dias de apresentação desta atração tão esperada, o festival registrou mais de 1.500 pessoas no Ouro Verde. Os ingressos esgotaram em poucas horas.
"Este espetáculo teve divulgação e prestígio. A presença da Fernanda conseguiu agradar mais pessoas. Apesar do festival ter um público imenso, acabamos nos surpreendendo mesmo assim com a receptividade do público", afirma Bertipaglia.
Hamlet, do Armazém Cia de Teatro do Rio de Janeiro, que abriu o Filo, o show de Yamandu Costa e o Concerto Pour Deux Clowns, da França, também tiveram os ingressos esgotados em pouco tempo.
Somente no Ouro Verde foram 14 espetáculos com sucesso de público. Alguns espetáculos também lotaram os demais teatros. No entanto, "este ano, com o Ouro Verde de volta, puxou um lado emotivo das pessoas. Por isso, os espetáculos foram escolhidos com muito carinho pensando no Ouro Verde", explica o diretor.
Em 17 dias de festival, foram 33 espetáculos, 11 atrações no ponto de encontro, 70 apresentações de teatro, música, dança e circo, 12 atividades formativas (6 bate-papos, 1 mesa redonda, 1 demonstração de trabalho e 4 oficinas/workshops). Mais de 500 integrantes de companhias de teatro de seis estados (PR, SP, RJ, RS, RN e BA) e Distrito Federal, além de seis países (Brasil, França, África do Sul, Suíça, Colômbia e Bolívia). O festival gerou 100 postos de trabalho direto.
"O festival foi realizado com R$ 1,2 milhões. R$ 900 mil foram gastos em Londrina. Com hospedagem, alimentação, passagens, além do pagamento de todas as equipes técnicas, de produção, administração e organização necessárias para o evento acontecer. Nós hospedamos em hotéis da cidade pelo menos 220 pessoas, entre artistas, técnicos, motoristas, entre outros. Isso para a economia local é bastante importante. Seria melhor ainda se pudéssemos ter os números de todas as pessoas que estiveram em Londrina para participarem e conferirem os espetáculos", avalia o diretor.
No ano que vem, o Filo chega a sua 50ª edição. Luiz Bertipaglia já foi questionado sobre a proposta para 2018. "Neste ano, os espetáculos dialogaram bem com nosso público. Estamos no caminho certo. Mas sobre a edição de 50 anos, teremos que fazer melhor ainda, mas só de pensar já dá frio na barriga", diverte-se Bertipaglia. "A meta é sempre melhorar", conclui.