Shows & Eventos

Vinda da mostra chinesa ao Paraná gera impasse

29 mai 2003 às 08:36

A Brasil Connects, empresa responsável no país pela mostra ''Guerreiros de Xi'an e Tesouros da Cidade Proibida'', que reúne um importante acervo da cultura chinesa, não confirmou a vinda das mostra ao Paraná, embora o governo do Estado já tenha anunciado que ela estará em exposição no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, do dia 1º de julho a 30 de agosto.

A assessoria de imprensa da Brasil Connects negou nesta quarta-feria que a data e o local da exposição estivessem confirmados e disse apenas que existe uma ''negociação'' no sentido de trazer a mostra para Curitiba.


Atualmente a ''Guerreiros de Xi'an e Tesouros da Cidade Proibida'', está instalada na Oca, em São Paulo.


A mostra já reuniu mais de 600 mil pessoas e vai até o dia 8 de junho no Parque do Ibirapuera.


Segundo a diretora do Museu Oscar Niemeyer, Maristela Requião, a exposição estará em Curitiba na data anunciada e que o museu, que ainda necessita de reformas, estará em plenas condições de recebê-la.


Maristela acompanhou uma missão chinesa e representantes da Brasil Connects em uma visita ao museu na última terça-feira, justamente para fazer uma avaliação do espaço e constatar as condições do museu.


Caso a mostra volte para a China, será difícil trazê-la de volta, já que as coleções que compõem a exposição raramente deixam seu acervo.


Tanto pelo valor histórico como pela fragilidade do material. São 11 guerreiros e dois cavalos, esculpidos há mais de 2 mil anos.


Além de Os Guerreiros de Xi'An, os Tesouros da Cidade Proibida reúnem 150 objetos emprestados do Museu do Palácio Imperial.


As duas exposições atravessaram diversos períodos e dinastias da China, desde 7.000 A.C. até os dias atuais.


As grandes pupilas da mostra são as estátuas em terracota, descobertas na década de 70 por meio de escavações arqueológicas. Elas já foram expostas no Museu Guggenhein de Nova York e de Bilbao, na Espanha.


Maristela Requião considera um ''grande desafio'' trazê-las ao Paraná, provavelmente o maior na sua estréia como diretora de museu.


A diretora do MOM prefere não adiantar importantes informações como, por exemplo, se o Paraná terá de pagar para abrigar a mostra.


A Brasil Connects, só pelo seguro, já gastou quase R$ 2 milhões. O que ainda não está claro o assunto é mantido sob sigilo para não atrapalhar as negociações é se o governo do Paraná teria de pagar adicional para garantir a permanência da mostra no País, bem como se teria de negociar com a Brasil Connects ou diretamente com o Embaixada da China.


''Não vou divulgar isso (valores) porque ainda estamos em negociação'', diz Maristela. ''Mas eu afirmo que a mostra vem para o museu.''

Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina


Continue lendo