Ela se considera um ''rato de biblioteca'', uma leitora voraz capaz de devorar de Erico Veríssimo a Pablo Neruda numa única noite. Vai ao cinema com a filha, porque o marido não gosta muito e lembra com saudosismo dos espetáculos do já extinto Teatro de Bolso, na Praça Rui Barbosa, com os atores paranaenses Ary Fontoura e Odelair Rodrigues.
O perfil relâmpago é da nova secretária estadual da Cultura, Vera Mussi (PMDB), indicada no início dessa semana para assumir a pasta pelo governador eleito Roberto Requião, do mesmo partido. Vera já tinha sido citada anteriormente, ao lado de mais quatro nomes, como possível candidata ao cargo. Aceitou o ''desafio'' depois da recusa da vereadora Elza Correia (PMDB), de Londrina.
Formada em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a nova secretária atuou como diretora da pasta no início da década de 90, no então governo Requião (1991 - 1994). Admite ser uma militante do partido, mas garante que a ''militância acabou depois das eleições''.
Às vésperas de assumir o cargo, a professora de 61 anos tenta se familiarizar com as diversas vertentes da secretaria. Para isso, já participou de encontro com a atual secretária Monica Rischbieter e com o secretário de Assuntos Estratégicos Alex Beltrão.
Antes mesmo de ser indicada para o cargo, Vera integrou a equipe que definiu a política cultural a ser seguida caso Requião fosse eleito. Agora o novo governo se apressa para traçar um diagnóstico de uma das secretarias que ostenta o mais baixo orçamento do Estado e problemas inversamente proporcionais.
Leia entrevista exclusiva com Vera Mussi na Folha de Londrina