Sonhador, o homem sempre apostou em coisas consideradas impossíveis como construir uma máquina capaz de voar ou trazer de volta à vida espécies extintas há anos. Uma iniciativa dos cientistas do Museu Australiano de Sidney aparece agora como a mais recente ousadia da pesquisa genética, transformando a ficção enfocada no filme ‘O Parque dos Dinossauros’, de Steven Spielberg, numa possibilidade prevista para se transformar em realidade em 2010.
Neste ano deverá nascer o primeiro exemplar clonado do tigre da Tasmânia, um animal que a natureza demorou 50 milhões de anos para criar e que vivia em bandos até ser implacavalmente caçado como o principal inimigo dos rebanhos de ovelhas. Se Dolly teve seus dias de glória, o filhote do tigre da Tasmânia promete ganhar a mídia se, daqui há oito anos, ressurgir na Terra através da clonagem.
Como ponto de partida, os cientistas utilizaram amostras de DNA retiradas de um feto feminino de 136 anos, que foi conservado em etanol (álcool etílico), em vez de formol, desde 1866.
Mais de um século depois, o método de preservação ofereceu as condições necessárias para serem retiradas as amostras de DNA abrindo a possibilidade do animal voltar a viver no planeta. Um fato considerado até então impossível, já que o último tigre da Tasmânia conhecido morreu no Zoológico Hobart da Austrália, em 7 de setembro de 1936.
A experiência, que está na fase da tentativa de reprodução e sequênciamento das seções do genoma do tigre, será conhecida pelo público num programa que o Discovery Channel vai levar ao ar, com estréia mundial marcada para 7 de julho, às 21h.