A 16ª edição do Londrina Matsuri chegou ao fim no último domingo (09) levando um grande público de 27 mil pessoas para o Parque Governador Ney Braga. Realizado de 06 a 09 de setembro, o evento foi uma verdadeira vitrine da arte e da cultura oriental. Foram quatro dias de muita música, dança, arte, diversão, tecnologia, encontros e gastronomia.
Distribuído em uma área de 30 mil metros quadrados, a comissão organizadora também comemorou o crescimento da feira – de 80 para 100 pontos comerciais, culturais e gastronômicos. "O Londrina Matsuri 2018 superou as nossas expectativas. Nós já estávamos pensando em investir em novidades na parte da cultura tradicional, e o grupo que veio de São Paulo juntamente com a Thaís Kato do Orinuno e Ken Yamazato Engenheiro de Pipas, trazendo oficinas de Sumi-ê, Shodô, Mangá e Kirigami foi um dos destaques da feira. Ficamos muito felizes e satisfeitos com a parceria, avalia Mity Shiroma, da comissão organizadora.
A grande presença dos jovens apreciadores da cultura pop oriental ganhou corpo nesta edição do Londrina Matsuri. "O Espaço Animeland tornou-se um ponto de encontro dessa moçada, que se reuniu para jogar, assistir animê, dançar, cantar karaôke e brincar de K-Pop Random: no monitor de uma TV, eles passam vários trechos de músicas K-pop e quem sabia entrava na roda para dançar."
Mity Shiroma também abriu espaço para ressaltar a presença da dançarina Chieko Kojima no evento, com oficinas e uma bela apresentação na noite de sábado (08). "Já conhecíamos o talento desta artista, mas a simplicidade e a comunicação fácil com o público encantou a todos. Ela também gostou muito, principalmente da receptividade do pblico londrinense.
Público educado
Presente pela 3 vez no Londrina Matsuri, o expositor Uma Koshi da Nichicon, loja especializada em brinquedos e artigos para presentes, acredita que as vendas foram como as de 2017. "As vendas foram boas, não posso reclamar. Nós procuramos entender qual o melhor produto para atender o pblico daqui e com isso temos acertado. Eu gosto de participar aqui, principalmente por causa do público que é bem educado. Rodo muitas feiras no Brasil e não encontramos um público tão amável. A gente vem para trabalhar e se diverte. A programação é adequada para toda a família, a comida é boa e o público é variado - atendemos tanto crianças quanto pessoas da terceira idade e o entrosamento é grande", avaliou.
Pela primeira vez no evento, o expositor Luiz Carlos Pelincer do Café Cereja, também gostou da participação no Londrina Matsuri. " Nossa participação foi além da expectativa. Foram mais de 500 litros de café na degustação e as vendas também foram muito boas. Nós torramos e moemos o café na hora, então além das vendas, conseguimos passar informação sobre as diferentes torras e moagem para vários tipos de extração. O público foi muito receptivo, alegre e muito educado.
Sushi e voluntariado
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O sushiman Thiago Kimura participou do Londrina Matusri pela primeira vez com um espaço exclusivo e avaliou a participação de forma positiva. "As vendas foram dentro da nossa expectativa. Para ele, os pratos especiais o poke, por exemplo – não tiveram muita procura mas o sushi, foi um sucesso. "O sushi, que é meu forte, vendeu bem, até porque colocamos bastante variedade", avaliou.
O evento de divulgação da cultura japonesa sempre abriu espaço para que ONGs e entidades beneficentes trabalhem para arrecadar fundos. Foi o caso da JCI Londrina (Junior Chamber International ou Câmara Júnior Internacional), organização que existe há mais de 100 anos, e conta com sede em Londrina há nove. Nosso objetivo aqui foi angariar fundos para viabilizar projetos que desenvolvemos junto à comunidade", explica Daniela Takahashi, presidente da ONG.
A JCI participou do Matsuri na área gastronômica. "Nós tentamos inovar com uma comida diferente que foi o Genghis Khan (tipo de churrasco) com valor mais acessível e deu certo. Teve gente que perguntou se temos um restaurante. Esse dinheiro será destinado para realização de cursos de informática para terceira idade, oratória para alunos, entre outros projetos gratuitos."
Técnica e emoção
Pela primeira vez em Londrina, Fábio Mendez de Souza (Bernô), ofereceu oficinas de Mangá para o público da feira e elogiou a receptividade do público. "Foi muito legal o contato com o público, o pessoal foi muito receptivo, tanto que não queremos ir embora! Além das oficinas fizemos desenhos dos visitantes e foi muito bacana para que eles conhecessem um pouco mais da nossa técnica e nossa arte.
Também presente pela primeira vez no Londrina Matsuri, Naomi Uezu, artista plástica especializada em Kirigami trouxe peças que chamaram atenção pela beleza e delicadeza. "Nós trabalhamos com miniaturas e detalhes em papel e isso é o mais bacana do nosso trabalho: poder mexer com a emoção das pessoas. Pode ser uma criança, um adulto, um senhor de idade, descendentes ou não descendentes, é muito bacana as pessoas sentirem a nossa energia expressa no trabalho. Essa é nossa intenção: sempre compartilhar esta energia."