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Intercâmbio cultural

07 mai 2002 às 17:28

Falando de literatura e arte, um dos maiores objetivos da revista Coyote é a criação de uma ponte artística entre a cidade de Londrina e o grande eixo das artes brasileiras: Rio-São Paulo. "O enfoque é nacional, com autores do Brasil inteiro e também de fora do país, mas as edições sempre vão contar com a produção local", conta o jornalista Marcos Losnak, um dos editores, que aposta na idéia ao lado do jornalista Ademir Assunção e do músico, poeta e jornalista Rodrigo Garcia Lopes.

Em Londrina, o lançamento da revista aconteceu na última terça-feira, 07 de maio, no salão de eventos da Biblioteca Pública. A Coyote também vai contar com lançamentos nas cidade de Curitiba (13 de maio), São Paulo (15 de maio) e Rio de Janeiro (27 de maio). A primeira edição vai contar com pouco mais de 40 páginas e traz ensaios, entrevistas, contos, poesias, quadrinhos e fotografia. Com distribuição da editora Iluminuras, em breve a revista poderá ser encontrada nas bancas das principais cidades do país.


Em seu primeiro número, a revista apresenta o poeta mexicano Heriberto Yépez, que está sendo traduzido pela primeira vez para a língua portuguesa. A Coyote traz um dossiê do poeta com entrevista, poemas e fragmentos do manifesto "Por uma Poética Antes do Paleolítico e Depois da Propaganda".


Outros nomes que figuram na primeira edição é o da poeta modernista norte-americana Mina Loy, do fotógrafo paulista Juvenal Pereira, do quadrinista paranaense Beto, do escritor sulmatogrossense Douglas Diegues, dos escritores paulistas Evandro Affonso Ferreira e Ronaldo Bressane, além da poeta paranaense Neuza Pinheiro e do poeta catarinense Mauro Faccioni Filho.


Entre algumas diretrizes da nova publicação estão a aposta em nomes ainda pouco conhecidos e promoção do diálogo (ou atrito) entre as diversas linguagens artísticas. A revista também deve tentar recuperar autores marginalizados e mostrar as diversidades e radicalidades como forma de luta contra o conformismo e o adestramento das idéias.

O nome da publicação foi escolhido porquê o animal Coyote é símbolo de várias culturas ancestrais, além de representar a astúcia e possuir uma intensidade dos sentidos. O projeto, que foi idealizado no ano passado, tem o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e prevê a publicação de quatro revistas neste primeiro ano de veiculação.


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