O ponto de partida da obra “Estudo n° 1: Morte e Vida”, do Grupo Magiluth (Recife - PE), que fará a abertura do FILO (Festival Internacional de Londrina) neste sábado (17), é a caminhada do personagem Severino, criado pelo poeta João Cabral de Melo Neto. Durante a narrativa, o retirante é forçado a deixar o sertão nordestino para buscar melhores condições de vida, e acaba se encontrando com outros “severinos” enfrentando as mesmas dificuldades.
Como o nome explica, trata-se de um estudo da obra do escritor pernambucano e, no palco, os atores criam uma verdadeira carpintaria para que o espetáculo aconteça. É como se fosse um passo a passo de como o grupo pensa a construção teatral, dialogando com temáticas como a migração, o aquecimento global e a precarização do trabalho.
O espetáculo tem direção de Luiz Fernando Marques e assistência e direção musical de Rodrigo Mercadante, e pode ser visto como uma “peça palestra”, tendo o poema como disparador de discussões sociopolíticas do Brasil.
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O ator Giordano Castro explica que a problemática da migração é o mote do trabalho e que a ideia de que há muitos severinos faz com que a questão seja observada a partir de uma lupa maior. Não à toa, existe a preocupação de que as mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global geram outros milhões de retirantes mundo afora.
“As questões climáticas forçam as pessoas a saírem de seus lugares, precarizam o trabalho, a busca pelo direito à terra, tudo isso que está latente no texto original é trazido por nós nessa montagem, trazendo uma reflexão não somente de como essas questões estão acontecendo hoje, mas como esses artistas vêem a possibilidade de montar uma peça, um texto que foi escrito há mais de cinquenta anos”, conta Castro.
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