Artistas paulistas e catarinenses mostram trabalhos na programação aberta do 12º Ecoh (Encontro de Contadores de Histórias de Londrina), que vai até domingo (27). O evento que leva narradores de muitas partes dos Brasil para as escolas, creches e outras instituições educacionais, tem também, todos os anos, espetáculos que o público em geral pode acompanhar de graça.
Um marca do festival é a diversidade, por isso, o repertório é muito variado em temas, origens e formas de contar. Um repertório cuidadosamente selecionado para emocionar pessoas de todas as idades. Nesta edição, a programação aberta e gratuita ocorre em bibliotecas, vilas culturais e praças de Londrina. A grade completa das atrações pode ser consultada no site ecoh.art.br. Os ingressos são gratuitos, mas devem ser retirados uma hora antes do horário do espetáculo, no local da apresentação.
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Confira a agenda dos próximos dias.
“Sob a Lua Cigana” - quinta-feira (24)
O encantamento com os contos, a música, a poesia e as danças dos povos ciganos levou a atriz e narradora catarinense, Lieza Neves, a criar o espetáculo “Sob a Lua Cigana”, do Consonante Duo, de Florianópolis, atração do 12º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina, nesta quinta, às 19h, no Sesc Londrina Centro (rua Fernando de Noronha, 264). Lieza se apresenta com o percussionista Márcio Bicaco. O espetáculo dura 50 minutos e é recomendado para adultos e crianças a partir de 10 anos de idade.
“O roteiro traz referências simbólicas aos quatro elementos da natureza e às quatro fases da lua, além de movimentos das danças ciganas. O trabalho foi elaborado a partir de pesquisas em materiais acadêmicos e obras de literatura e música”, diz Neves.
Após a apresentação haverá roda de conversa com a atriz sobre o processo criativo de espetáculos narrativos para proporcionar um momento de troca de experiência com interessados na arte da oralidade.
“Histórias para Ouvidos Pequenos” - sexta-feira (25) e sábado (26)
O narrador Zé Bocca e o músico Marcos Boi (voz, violão e violino), de Votorantim (SP), fazem duas apresentações de “Histórias para Ouvidos Pequenos”, uma coletânea de lendas e contos do universo oral brasileiro e de outras partes do mundo. A apresentação dura 50 minutos, a primeira sessão será realizada na sexta, às 10h, na Biblioteca do CEU – Centro de Artes e Esportes Unificados (rua Ângelo Gaioto, s/n, jardim Leonor), a reapresentação está marcada para sábado (26), às 10h, na Concha Acústica (Praça 1° de Maio, Centro).
“Durante a apresentação o público é estimulado e desafiado a interagir, muitas vezes participando no palco. Canções e trava línguas também geram muita interatividade entre todos. É um espetáculo divertido para crianças, mas também pessoas de qualquer idade que tenham a disposição e a sensibilidade de parar para ouvir histórias”, convida Bocca.
“A Janela e o Espelho - Contos para Mergulhar” - Domingo (27)
Para a tarde de domingo, o Ecoh programou “A Janela e o Espelho – Contos para Mergulhar”, da Cia. Diminuta, de São Paulo, que será apresentado às 15h, na Vila Cultural Barracão Tangará (rua Augusto Severo, 544, Aeroporto). A classificação indicativa é livre e a duração de 50 minutos.
As atrizes Leticia Liesenfeld e Yohana Ciotti narram contos tradicionais que contêm forte simbologia relacionada aos elementos da natureza. A ideia do espetáculo surgiu depois de uma vasta pesquisa dos contos dos Irmãos Grimm desenvolvida pelas duas narradoras, como conta Liesenfeld.
“Tanto eu como como a Yohanna estávamos muito interessadas em alguns contos que traziam imagens de água, de lago, de mar, de poço onde se busca água...E também na imagem das janelas que trazem uma perspectiva, onde as personagens se debruçam literalmente para tomar suas decisões ou para resolver as dores ou para fazer os pedidos mágicos.”
Outra influência determinante na construção do espetáculo foi a ideia de Gaston Bachelard, filósofo e poeta francês, sobre a água como matéria que possibilita cruzamento e ajuda a imaginação.
“Tem uma citação incrível do Bachelard: a água reflete e tem fundo, podemos utilizá-la como espelho ou como janela. Essa ideia de duplicidade, de refletir e de ter a profundidade, nos pareceu muito significativa, conversava muito com os contos que a gente estava lendo e estudando, essa imagem nos guiou na construção do espetáculo”, completa a pesquisadora.