Demorou, mas o cinema paranaense começa a sair do limbo. As atenções se voltaram para as produções estaduais, na semana passada, quando dois diretores curitibanos retornaram do Festival de Gramado trazendo na bagagem cinco prêmios. Os tão sonhados kikitos foram entregues aos média-metragens ''O Fim do Ciúme'', dirigido por Luciano Coelho e ''O Encontro'', de Marcos Jorge. Na onda das pratas da casa, vale a pena prestar atenção em filmes que ainda não foram premiados, mas que já começam a se sobressair.
Hoje, estréia em Curitiba o longa ''Onde os Poetas Morrem Primeiro'', dos irmãos paranaenses Werner e Willy Schumann. O filme entra em cartaz no Cine Luz, no circuito da Fundação Cultural de Curitiba, derrubando um dos problemas mais comuns sofridos pelas cineastas: a distribuição. ''Mais do que a qualidade do som, a dificuldade do cinema brasileiro sempre foi a distribuição'', constata o diretor Werner Schumann.
É a comédia que os irmãos revisitam em ''Onde os poetas morrem primeiro''. O filme é baseado no livro ''O Tribunal'' do poeta e escritor paulista Álvaro Alves de Faria. Foi filmado durante 21 dias, com recursos parcos de produção: R$ 300 mil. A excessão de um ator americano convidado (Jeff Beech), todo o elenco é paranaense.
O filme conta a história do escritor Guido (Marcos de Góes) e suas relações. Depois de fazer sucesso com seu primeiro livro, Guido é pressionado pela sua editora para concluir o seu segundo romance. Ele entra em crise depois de romper o namoro com Charlotte (Maíra Weber) e acaba transferindo para a sua obra os seus conflitos pessoais. Charlotte, por sua vez, busca um novo namorado com a ajuda da sua amiga Beth (Sílvia Monteiro).
Serviço:
''Onde os Poetas Morrem Primeiro'', estréia hoje, no Cine Luz (Praça Santos Andrade), em Curitiba. Sessões às 15, 17, 19 e 21 horas.