A partir desta segunda-feira, (25) o Cine Ritz deixa de exibir sessões de cinema na Rua XV de Novembro, 132, em Curitiba.
A Fundação Cultural de Curitiba informa que a interrupção se deve à impossibilidade de um acordo com o novo proprietário do imóvel, que exige um aluguel mensal de R$ 15 mil pelo espaço, valor que atualmente é impraticável dentro da realidade orçamentária da Fundação.
Segundo a Fundação Cultural, o Cine Ritz, foi cedido para uso da Fundação Cultural por uma das empresas do Grupo Cofra, proprietário das lojas C&A, em 1985, em regime de comodato (gratuito) por 20 anos. Este contrato se encerrou dia 14/02.
A gestão anterior solicitou, no ano passado, a renovação do mesmo contrato. A C&A comunicou à nova gestão da Fundação que vendeu o prédio.
A nova gestão da Fundação solicitou ao novo dono do imóvel a renovação do contrato de comodato, no mesmos termos, com duração de vinte anos e sem custo financeiro.
O novo proprietário do imóvel comunicou à Fundação que não tem interesse em contrato de comodato, mas sim em alugar o espaço por R$ 15 mil mensais.
De acordo com a Fundação, o Cine Ritz acumula um déficit de R$123.634,85. Com o pagamento dos R$ 15 mil mensais, somariam-se mais R$ 180 mil de aluguel, totalizando um déficit de R$ 303.634,85 por ano, elevando o déficit estimado para os quatro anos da atual gestão da Fundação Cultural para R$ 1.214.539,40. (Isto sem levar em conta prováveis aumentos no custo anual das despesas.)
Outras salas
Além do Cine Ritz, a Fundação Cultural mantém a Sala Groff, na Cinemateca, e o Cine Luz, ambos no centro da cidade, e com programação similar à do Cine Ritz (filmes de arte).
A Fundação Cultural tem ainda o Cine Guarani, no Centro Cultural do Portão, com 190 lugares, fechado desde 2000 por problemas de estrutura física. Já está sendo feito um estudo para se conhecer quais as ações necessárias para que o Cine Guarani seja reaberto.