Brasil e Argentina assinaram na terça-feira, no Itamaraty, um acordo inédito, que irá permitirá maior integração cultural entre os dois paises, maior acesso de filmes brasileiros no mercado exibidor da Argentina, além da ampliação de distribuição de filmes argentinos no Brasil.
"O contrato servirá para que nós, países latino-americanos, possamos conhecer melhor a cultura, os costumes e a tradição uns dos outros", afirmou Samuel Pinheiro Guimarães, ministro interino do Ministério das Relações Exteriores.
O convênio foi firmado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a Agencia Nacional del Cine y Artes Audivisuales e prevê, ao longo do ano, o intercâmbio de seis filmes produzidos por cada país envolvido no acordo.
Segundo Gustavo Dahl, presidente da Ancine, a forma de pagamento será de acordo com a moeda de cada país. "Nós vamos pagar os filmes em peso argentino e vamos receber em real. Isso é que é o Mercosul, uma hegemonia cultural", afirmou Dahl.
De acordo com Dahl, outro objetivo do programa é fazer com que os países tenham noção de que precisam ampliar seus mercados e fazer uma abertura direcionada.
"Este é um programa teste e pensamos em ampliar, futuramente, aos outros países da América do Sul", disse Márcio Fortes da Almeida, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Os filmes serão escolhidos pelos próprios produtores e serão exibidos o mais breve possível.