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Bons filmes de gangsters estão de volta com 'Estrada da Perdição'

11 out 2002 às 10:35

A palavra ''clássico'', nos últimos tempos tão vilipendiada pelo uso reiterado e impróprio, recobra aqui sua significação mais nobre. E isto graças a um jovem diretor inglês egresso do teatro e que há apenas três anos surpreendia toda a comunidade cinematográfica com uma sutil e dilacerante radiografia da sociedade dos Estados Unidos, o original, aclamado, recompensado e hoje célebre ''Beleza Americana''.

Depois de dissecar a sacrossanta estrutura familiar do ''american way of life'' naquela estréia em 1999, Sam Mendes redireciona agora o foco de seu interesse para o filme de gênero, embora sem procurar redefinições ou pós-modernizações.


Em ''Estrada para a Perdição'', a partir de hoje em lançamento nacional, ele volta às origens do gangster movie com todos os detalhes a rigor. A intriga se articula a partir de laços que ligam pais e filhos, evoluindo dentro e ao redor de uma organização criminosa. O local é Chicago, o ano é 1931, o mando é de Alfonso Capone.


A Grande Depressão parece acenturar os rigores do inverno. Michael Sullivan (Tom Hanks) é imigrante de origem irlandesa, católico e bom pai de seus filhos, Michael (Tyler Hoechilin) e Peter (Liam Aiken). Ele faz questão de que sua vida privada não interfira em sua vida profissional. Michael também é assassino, gatilho letal de inteira confiança, braço direito da ''família'' liderada pelo patriarca John Rooney (Paul Newman), que o considera quase como filho, embora já tenha um de sangue, o invejoso e ambicioso Connor (Daniel Craig).


Baseado numa novela em quadrinhos escrita em 1998 por Max Allan Collins e desenhada por Richard Piers Collins, o roteiro de David Self (''13 Dias'') se atém principalmente à evolução psicológica dos personagens encurralados num território caracterizado por súbitas explosões de violência.

Leia mais na Folha de Londrina desta sexta-feira.


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