Mais dois encontros do projeto “Quartas Criativas: entre livros e arte”, que promove regularmente sessões de contação de história e oficinas criativas a partir de livros infantis, acontecem nesta quarta-feira (22).
A história da vez vai ser “Como surgiu a noite”, conto popular indígena de domínio popular, em adaptação da escritora, compositora e atriz brasileira Bia Bedran.
A atividade será na Biblioteca Infantil, em duas sessões, a primeira às 9h30, e outra às 14h30. O endereço é praça 1º de Maio, 110, Centro, próximo à Biblioteca Pública Central e ao lado da sede da secretaria Municipal de Cultura, na abrangência da Concha Acústica.
Qualquer pessoa pode participar gratuitamente do sem a necessidade de fazer inscrição previamente. Nesta sessão, participarão duas turmas de educação infantil (P5) da Escola Municipal Roberto Alves Lima Júnior, da zona leste de Londrina, totalizando cerca de 50 pessoas. De manhã, são esperados 30 alunos, e mais 20 crianças devem comparecer na ação vespertina.
Quem irá ministrar a contação da história é Renata Suzue, servidora e professora da rede municipal de educação de Londrina, responsável por conduzir diversas ações inseridas nessa iniciativa, atuando como parceira da Diretoria de Bibliotecas Municipais da Secretaria Municipal de Cultura. Na apresentação, ela utiliza bonecos, brinquedos e outros materiais lúdicos para enriquecer a narrativa, e, para essa história, também levará instrumentos de percussão como um pandeiro que representará o sol, por exemplo.
Além da interpretação do conto, a educadora ainda fará com as crianças uma oficina de desenho criativo com giz de cera e tinta guache, entre outros materiais, como lápis de cor, palito de dente e papel cartão branco.
Suzue destacou que as oficinas criativas sempre buscam algum ponto de inspiração da história contada, mas dando liberdade de produção e interpretação a quem realiza a atividade. “Eu costumo soltar uma isca e lanço o desafio a partir de elementos contidos na história, porém sem obrigatoriedade de seguir à risca o tema. Como a história é repleta de acontecimentos misteriosos, tratando de como surgiu a noite, envolvendo lendas indígenas assustadoras e cheias de aventuras, as crianças acabam se envolvendo, tendo várias ideias criativas. Faremos um desenho mágico com giz branco, que não aparece na folha branca, mas, após passarmos uma camada de tinta guache diluída na água, é mostrado o que se rabiscou. Darei também uma tinta escura para simbolizar a noite, e vários pontos passarão a brilhar, conforme a inspiração vinda do tema”, detalhou.
Por se tratar de um conto indígena, a professora ministrante vai utilizar alguns artefatos cedidos pela sala indígena da Biblioteca Pública Municipal Pedro Viriato Parigot de Souza. “Estes itens são de um local fantástico da biblioteca que tem de tudo um pouco sobre a cultura indígena, peças em madeira talhada, pau de chuva, vasos, chocalhos, enfeites, balaios e outros. Um reforço como este para abordar a história faz toda a diferença para podermos prender, ainda mais, a atenção das crianças, para que elas possam entender mais sobre as lendas tratadas no conto, que é uma história muito interessante”, comentou.
Suzue contou que o projeto Quartas Criativas vem contando, além da presença de turmas escolares da cidade, com um grupo fiel de frequentadores que estão sempre nos encontros das manhãs. Trata-se de mães e pais que começaram a levar seus bebês, de poucos meses até cerca de dois anos, ao local, e que se habituaram e não mais pararam de comparecer à Biblioteca Infantil.
“Esse pessoal começou a retornar com suas crianças e ali teve início a formação de uma rede, um círculo de amizade bem legal entre essas mães e pais, que vem de diferentes partes da cidade, não sendo apenas moradores do entorno. Tem se tornado, então, um clubinho literário familiar no período da manhã, pessoas que sentiram que estava acontecendo algo diferente com seus filhos nesse momento da leitura mediada e histórias contadas, ferramentas que estimulam o desenvolvimento e repertório dos bebês. São cerca de 10 a 15 crianças que participam regularmente, e é a melhor plateia possível que podemos ter, os pequenos gostam de participar e estar perto, e as famílias contribuem para fortalecer o nosso projeto”, relatou.
Toda Quinta tem História
Outra atividade literária programada para esta semana é a contação de história sobre o livro “Qual o sabor da lua”, de Michael Grejniec. O evento, nesta quinta-feira (23), na Biblioteca do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados), na rua Ângelo Gaioto, s/n, no jardim Leonor, zona oeste. A entrada é gratuita e o evento aberto a toda a comunidade. Em caso de chuva, a atividade poderá ser adiada.
A contação será conduzida pela mesma ministrante, a professora Renata Suzue, e a ação integra a iniciativa “Toda Quinta tem História”, da Diretoria de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura.
A contadora disse que o livro escolhido traz um conto de fantasia com magia teatral, carregado de elementos cênicos, remetendo a aspectos como ajuda mútua, coletividade, amizade e partilha. “A história possui uma narrativa com evolução linear, tendo começo, meio e fim, sendo quase uma peça teatral. O objetivo é saber qual é o sabor da lua, mostrando que é possível alcançar os sonhos, por mais impossíveis que eles pareçam ser. O conto é lindo e mexe com o imaginário de todas as idades, enfatizando como as nossas vivências e conquistas ficam mais saborosas quando dividimos com os amigos. Envolve o sol, a lua e os animais como personagens protagonistas com suas diferenças e características peculiares”, finalizou.