2025
Há 13 anos pelos palcos do mundo todo, o Balé Folclórico da Bahia inclui Curitiba nessa segunda turnê nacional. Em única apresentação, o Balé estará hoje, às 20 horas, no palco do Guairão. A coreografia é a mais exuberante já produzida: a "Rapsódia Nordestina", com direção geral de Walson Botelho.
Segundo Botelho, o Balé passa nove meses por ano, desde 1994, apresentando-se fora do País. Só nos Estados Unidos, já esteve em 180 cidades. "Nas turnês internacionais, somos patrocinados pela norte-americana Columbia Arts e este ano, para mostrar nosso trabalho em algumas cidades brasileiras, contamos com o patrocínio da canadense Nortel Net Works. A única explicação plausível para não termos patrocinadores nacionais é o preconceito", analisa o diretor geral da companhia. Ele argumenta que as empresas brasileiras têm receio em associar o nome à cultura popular. "Nós tivemos várias vezes leis de incentivo aprovadas mas não conseguimos a captação. Outra dificuldade, é o fato de a maioria das grandes empresas estar concentrada no Sul e ter apenas gerências nos estados nordestinos. "Em geral, não são pessoas capacitadas para avaliar um projeto dessa envergadura", reconhece.
Botelho fala sobre a falta de patrocínio nacional num tom de amargura e decepção, mas quando a entrevista envereda para as coreografias, figurinos, pesquisa e projetos sociais, muda completamente. Entusiasta da cultura popular, Walson Botelho adianta que o que os curitibanos assistirão hoje nunca mais será esquecido. "Quem assistiu ao Balé em Joinville (SC) em 1988 ou no ano passado, vai ficar ainda mais deslumbrado", garante.
O espetáculo "Rapsódia Nordestina" foi criado para as comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil e partiu do desejo de mostrar as tradições populares da região, não só as comumente relacionadas à Bahia. Com a "Rapsódia Nordestina", o Balé abriu a mostra dos 500 Anos no Parque Ibirapuera (SP), único evento comemorativo para o qual foi convidado.
Os coreógrafos Amélia Conrado, Rosângela Silvestre, José Carlos Arandiba, além do próprio Walson Botelho foram buscar em estados como o Maranhão, Pernambuco e Paraíba as festas com fortes traços português e índio, para tentar desenhar um mapa mais amplo e diversificado da cultura popular do Nordeste, com raízes africanas.
Nas pesquisas, descobriram paralelos entre as manifestações de outros estados e festejos do interior baiano. Foi assim que se associaram o Bumba-Meu-Boi maranhense e cearense e o amazonense Boi-Bumbá ao Rancho do Boi, encontrado em cidades baianas como Vitória da Conquista. O Maracatu Rural, típico de Pernambuco encontrou um correspondente baiano no Maracatu de Caboclos, que dá ênfase maior aos Caboclos de Lança, personagens também encontrados no Maracatu pernambucano. Desta forma, "Rapsódia Nordestina" é composta por oito quadros - Boi-Bumbá, Xaxado, Ginga, Maracatu Rural, Maculelê, Samba de Roda, Capoeira e Afixirê - cada um dedicado a uma tradição popular ainda festejada no Nordeste brasileiro. O espetáculo já esteve no Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Belo Horizonte, e segue para Brasília.
Um outro destaque da apresentação em Curitiba é o músico Daniel Sousa, que executa a música "Asa Branca" no berimbau.
Segundo Botelho, o Balé passa nove meses por ano, desde 1994, apresentando-se fora do País. Só nos Estados Unidos, já esteve em 180 cidades. "Nas turnês internacionais, somos patrocinados pela norte-americana Columbia Arts e este ano, para mostrar nosso trabalho em algumas cidades brasileiras, contamos com o patrocínio da canadense Nortel Net Works. A única explicação plausível para não termos patrocinadores nacionais é o preconceito", analisa o diretor geral da companhia. Ele argumenta que as empresas brasileiras têm receio em associar o nome à cultura popular. "Nós tivemos várias vezes leis de incentivo aprovadas mas não conseguimos a captação. Outra dificuldade, é o fato de a maioria das grandes empresas estar concentrada no Sul e ter apenas gerências nos estados nordestinos. "Em geral, não são pessoas capacitadas para avaliar um projeto dessa envergadura", reconhece.
Botelho fala sobre a falta de patrocínio nacional num tom de amargura e decepção, mas quando a entrevista envereda para as coreografias, figurinos, pesquisa e projetos sociais, muda completamente. Entusiasta da cultura popular, Walson Botelho adianta que o que os curitibanos assistirão hoje nunca mais será esquecido. "Quem assistiu ao Balé em Joinville (SC) em 1988 ou no ano passado, vai ficar ainda mais deslumbrado", garante.
O espetáculo "Rapsódia Nordestina" foi criado para as comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil e partiu do desejo de mostrar as tradições populares da região, não só as comumente relacionadas à Bahia. Com a "Rapsódia Nordestina", o Balé abriu a mostra dos 500 Anos no Parque Ibirapuera (SP), único evento comemorativo para o qual foi convidado.
Os coreógrafos Amélia Conrado, Rosângela Silvestre, José Carlos Arandiba, além do próprio Walson Botelho foram buscar em estados como o Maranhão, Pernambuco e Paraíba as festas com fortes traços português e índio, para tentar desenhar um mapa mais amplo e diversificado da cultura popular do Nordeste, com raízes africanas.
Nas pesquisas, descobriram paralelos entre as manifestações de outros estados e festejos do interior baiano. Foi assim que se associaram o Bumba-Meu-Boi maranhense e cearense e o amazonense Boi-Bumbá ao Rancho do Boi, encontrado em cidades baianas como Vitória da Conquista. O Maracatu Rural, típico de Pernambuco encontrou um correspondente baiano no Maracatu de Caboclos, que dá ênfase maior aos Caboclos de Lança, personagens também encontrados no Maracatu pernambucano. Desta forma, "Rapsódia Nordestina" é composta por oito quadros - Boi-Bumbá, Xaxado, Ginga, Maracatu Rural, Maculelê, Samba de Roda, Capoeira e Afixirê - cada um dedicado a uma tradição popular ainda festejada no Nordeste brasileiro. O espetáculo já esteve no Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Belo Horizonte, e segue para Brasília.
Um outro destaque da apresentação em Curitiba é o músico Daniel Sousa, que executa a música "Asa Branca" no berimbau.